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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Justiça Federal determina que a União indenize fazendeiros de Yvy Katu

Depois de dezenas de liminares, a última suspendendo a reintegração das terras Yvy Katu, concedida sobre ameaça de suicídio coletivo e confronto, o Informativo da Aty Guasu Guarani e Kaiowá divulgou que  a pedido do MPF/Dourados-MS, 1ª Vara Justiça Federal de Naviraí-MS reconheceu que a União/Governo Federal, no passado recente, vendeu o TEKOHA YVY KATU, terra indígena Guarani e Kaiowá ,para os fazendeiros em meados de século XX.  Por essa razão, fundamental, a juíza federal Dra Raquel D. Amaral, no dia 19/12/2013, determina a devolução imediata dos dinheiros aos 14 fazendeiros que compraram a terra indígena Guarani e Kaiowá YVY KATU-Japorã-MS. v. nº 0001628-72.2013.403.6006. Assim, a justiça federal garantiu a indenização para os fazendeiros disputantes da terra indígena YVY KATU, bloqueando o recurso federal para repassar imediatamente aos fazendeiros. ]
Se a União não cumprir pagará multa de um milhão R$ de reais. Entendemos que é uma decisão judicial histórica. Nesse sentido, os fazendeiros vão receber os seus dinheiros, quem comprou mesmo vai receber. Por isso, as comunidades Guarani e Kaiowá definitivamente retornarão a reocupar as suas terras tradicionais.

Aty Guasu luta contra a injustiça

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Guarani-Kaiowá de Yvy Katu começam Ritual de Despedida




MATO GROSSO DO SUL / BRASIL
Tekoha Yvy Katu – Japorã - Mato Grosso do Sul – Brazil. December 12th 2013.
Tekoha YVY KATU - Japorã - Mato Grosso do Sul, Brasil, 12 de diciembre de 2013.
‘Pela última vez, avisamos a todos (as) que desde do 12/12/2013, começamos a realizar um raro ritual religioso nosso de despedida da vida da terra, essa é a nossa crença, um ato consciente de preparação da vida para a morte forçada pelas armas de fogo dos homens brancos, ou melhor, começamos a participar da cerimônia de aceitação e confirmação da saída forçada da alma do corpo e sua volta ao cosmo Guarani em função da morte forçada no campo da luta. Esse é um dos rituais de despedidas da vida que raramente se realiza, mas hoje começamos a praticar.’

VIA ATY GUASU

Aty Guasu divulga a decisão de 5.000 Guarani e Kaiowá do YVY KATU diante de cincos ordem de despejo judicial contra os Guarani e Kaiowá, sendo 4 ordem de Justiça Federal de Naviraí-MS, uma ordem de despejo é do Tribunal Regional de São Paulo-SP, que foi deferida hoje 12/12/2013. Frente à ordem os Guarani e Kaiowá escreveram essa carta que segue. É para compartilhar 
Tekoha Yvy Katu-Japorã-Mato Grosso do Sul-BRASIL, 12 de dezembro de 2013.
Decisão definitiva de 5.000 indígenas Guarani e Kaiowá para Governo, Justiça Federal e para todas as sociedades nacionais e internacionais do Mundo.
Hoje no dia 12 de dezembro de 2013, nós 5.000 mil indígenas Guarani e Kaiowá do TEKOHA YVY KATU recebemos notícia de mais uma ameaça de morte coletiva, é a ordem de violência contra nós e despejo expedida pela Justiça Federal do Tribunal Regional de São Paulo-S.P. Assim, claramente a justiça brasileira vai matar todos nós Guarani e Kaiowá. Mais uma ordem de despejo da Justiça Federal deixa evidente para nós que a Justiça do Brasil está autorizando o extermínio Guarani e Kaiowá, as violências, morte coletiva, sobretudo extinção e dizimação Guarani e Kaiowá do Brasil. 
Entendemos que em 10 anos, a Justiça Federal do Brasil já decretou várias vezes a nossa expulsão de nossa terra YVY KATU que significa que a Justiça do Brasil está mandando matar todos nós índios aqui no Yvy Katu. Já faz dois meses que retornamos comunicar à Justiça Federal e ao Governo Federal que nós comunidades voltamos a reocupar o nosso tekoha YVY KATU e recomeçamos morar no pedaço de nossa terra. Avisamos também que não vamos sair mais de nossa terra YVY KATU, aqui morreremos todos juntos, aqui queremos ser enterrados todos. Essa é a nossa decisão definitiva que não mudamos nossa decisão. Já enviamos e reenviamos várias vezes ao Governo Federal e ao Ministro da Justiça, à Presidenta Dilma, ao Ministério Público Federal, ao Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
Hoje 12/12/2013, mais uma vez, encaminhamos a nossa decisão definitiva à Presidenta Dilma e ao Presidente do Conselho Nacional da Justiça e do Supremo Tribunal Federal para entender e atender os nossos últimos pedidos. Demandamos às autoridades federais supremas do Brasil as seguintes. Estamos reunidos 4.000 mil Guarani e Kaiowá aqui no tekoha YVY KATU para resistir à ordem de despejo, a nossa decisão é lutar até morte pela nossa terra YVY KATU, nem depois de nossa morte não vamos sair daqui do YVY KATU. 
Pedimos ao Governo Dilma e Presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa para mandar somente enterrar coletivamente todos nós aqui no tekoha YVY KATU. Nem vivos e nem morto iremos sair daqui de nossa terra antiga. Com vida ainda, antecipamos os nossos pedimos à Justiça, esse nosso direito de ser sepultado ou enterrado aqui no YVY KATU, esse pedido exigimos à Justiça do Brasil. 
Solicitamos ainda à presidenta Dilma, à Justiça Federal que decretou a nossa expulsão e a morte coletiva para assumir a responsabilidade de amparar e ajudar as crianças, mulheres e idosos (as) sobreviventes aqui no YVY KATU que certamente vão ficar sem pai e sem mãe após a execução do despejo pela força policial. Uma vez que a Justiça Federal de Navirai-MS em novembro, já determinou o uso da força policial contra nossa vidas e luta, diante disso comunicamos à juíza federal que nós vamos resistir até morte à ordem de despejo, temos absoluta certeza que morreremos pela nossa terra YVY KATU, a juíza já está ciente de nossa decisão. Todas as autoridades também já estão cientes de nossa decisão que como povo nativo Guarani vamos lutar até a morte pela terra YVY KATU.
Hoje 12/12/2013, mais uma vez passamos comunicar ao juiz federal do Tribunal Federal de São Paulo que não vamos sair do tekoha YVY KATU, aqui vamos resistir e morrer todos lutando. De forma igual, comunicamos à presidenta Dilma. Pela última vez, avisamos a todos (as) que a partir de hoje 12/12/2013, começamos a realizar um raro ritual religioso nosso de despedida da vida da terra, essa é a nossa crença, um ato consciente de preparação da vida para a morte forçada pelas armas de fogo dos homens brancos, ou melhor, começamos a participar da cerimônia de aceitação e confirmação da saída forçada da alma do corpo e sua volta ao cosmo Guarani em função da morte forçada no campo da luta. Esse é um dos rituais de despedidas da vida que raramente se realiza, mas hoje começamos a praticar. Começamos a participar desse ritual de aceitação da morte forçada e despedida da vida, das famílias e dos amigos (as), pois sabemos bem que a Justiça Federal está autorizando os homens brancos armados para atacar e matar nós aqui no tekoha YVY KATU. Comunicamos a todos (as), pois nós Guarani e Kaiowá do YVY KATU decidimos a resistir à ação de despejo e seremos mortos pela arma de fogo dos homens brancos ou policiais. Não há dúvida. Não iremos recuar nem um passo para traz, vamos resistir por questão de honra e profundo respeito aos nossos ancestrais mortos no YVY KATU, decididos, vamos lutar e morrer pela nossa terra onde estão enterrados os nossos antepassados. Por essa razão, pedimos ao Governo e a Justiça para mandar enterrar nós todos aqui no tekoha YVY KATU, porque nem vivo e nem morto não vamos sair do tekoha YVY KATU. Essa é a nossa decisão definitiva. Mais uma vez, convidamos a todas as sociedades nacionais e internacionais para acompanhar e assistir ao genocídio e a dizimação de 4.000 povo nativo Guarani e Kaiowá do YVY KATU pela justiça do Brasil por meio dos homens “brancos” POLICIAIS armados brasileiros aqui no Mato Grosso do Sul/BRASIL.
Tekoha Yvy Katu, 12 de dezembro de 2013
Comunidades Guarani e Kaiowá do tekoha YVY KATU-Japorã-MS-BRASIG

Papa Francisco critica a economia de mercado, a competitividade e a concentração de renda

ESCRITO POR FREI BETTO   
QUI, 12 DE DEZEMBRO DE 2013

O papa Francisco acaba de divulgar o documento “Alegria do Evangelho”, no qual deixa claro a que veio. Sua voz profética incomodou a CNN, poderosa rede de comunicação dos EUA, que lhe concedeu a “Medalha de Papelão”, destinada àqueles que, em matéria de economia, falam bobagens...

Quais as “bobagens” proferidas pelo papa Francisco? Julgue o leitor:

Hoje devemos dizer não a uma economia da exclusão e da desigualdade social. Esta economia mata. Não é possível que a morte por enregelamento de um idoso sem abrigo não seja notícia, enquanto o é a descida de dois pontos na Bolsa. Isto é exclusão. Não se pode tolerar mais o fato de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. Isto é desigualdade social.
Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco. Em consequência dessa situação, grandes massas da população veem-se excluídas e marginalizadas: sem trabalho, sem perspectivas, num beco sem saída.
O ser humano é considerado, em si mesmo, como um bem de consumo que se pode usar e, depois, lançar fora. Assim teve início a cultura do ‘descartável’ que, aliás, chega a ser promovida. Já não se trata simplesmente do fenômeno de exploração e opressão, mas de uma realidade nova: com a exclusão, fere-se, na própria raiz, a pertença à sociedade onde se vive, pois quem vive nas favelas, na periferia ou sem poder já não está nela, mas fora. Os excluídos não são explorados, mas resíduos, sobras”.

Em seguida, Francisco condena a lógica de que o livre mercado consegue, por si mesmo, promover inclusão social:

Esta opinião, que nunca foi confirmada pelos fatos, exprime uma confiança vaga e ingênua na bondade daqueles que detêm o poder econômico e nos mecanismos sacralizados do sistema econômico reinante. Entretanto, os excluídos continuam a esperar.
Para se poder apoiar um estilo de vida que exclui os outros ou mesmo entusiasmar-se com este ideal egoísta, desenvolveu-se uma globalização da indiferença. Quase sem nos dar conta, tornamo-nos incapazes de nos compadecer ao ouvir os clamores alheios, já não choramos à vista do drama dos outros, nem nos interessamos por cuidar deles, como se tudo fosse uma responsabilidade de outrem, que não nos incumbe.
A cultura do bem-estar anestesia-nos, a ponto de perdermos a serenidade se o mercado oferece algo que ainda não compramos, enquanto todas estas vidas ceifadas por falta de possibilidades nos parecem um mero espetáculo que não nos incomoda de forma alguma”.

O papa enfatiza que os interesses do capital não podem estar acima dos direitos humanos:

Uma das causas desta situação está na relação estabelecida com o dinheiro, porque aceitamos pacificamente o seu domínio sobre nós e as nossas sociedades. A crise financeira que atravessamos faz-nos esquecer que, na sua origem, há uma crise antropológica profunda: a negação da primazia do ser humano.
Criamos novos ídolos. A adoração do antigo bezerro de ouro (cf. Êxodo 32, 1-35) encontrou uma nova e cruel versão no fetichismo do dinheiro e na ditadura de uma economia sem rosto e sem um objetivo verdadeiramente humano. A crise mundial, que envolve as finanças e a economia, põe a descoberto os seus próprios desequilíbrios e, sobretudo, a grave carência de uma orientação antropológica que reduz o ser humano a apenas uma das suas necessidades: o consumo”.

Sem citar o capitalismo, Francisco defende o papel do Estado como provedor social e condena a autonomia absoluta do livre mercado:

Enquanto os lucros de poucos crescem exponencialmente, os da maioria situam-se cada vez mais longe do bem-estar daquela minoria feliz. Tal desequilíbrio provém de ideologias que defendem a autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira. Por isso, negam o direito de controle dos Estados, encarregados de velar pela tutela do bem comum.
Instaura-se uma nova tirania invisível, às vezes virtual, que impõe, de forma unilateral e implacável, as suas leis e as suas regras. Além disso, a dívida e os respectivos juros afastam os países das possibilidades viáveis da sua economia, e os cidadãos do seu real poder de compra. A tudo isto vem juntar-se uma corrupção ramificada e uma evasão fiscal egoísta, que assumiram dimensões mundiais. A ambição do poder e do ter não conhece limites. Neste sistema que tende a deteriorar tudo para aumentar os benefícios, qualquer realidade que seja frágil, como o meio ambiente, fica indefesa face aos interesses do mercado divinizado, transformados em regra absoluta”.

Enfim, um profeta que põe o dedo na ferida, pois ninguém ignora que o capitalismo fracassou para 2/3 da humanidade: as 4 bilhões de pessoas que, segundo a ONU, vivem abaixo da linha da pobreza.

Frei Betto é escritor, autor do romance “Minas do Ouro” (Rocco),  entre outros livros.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Guarani-Kaiowá de Yvy Katu ameaçam cometer suicídio coletivo

Diante da ordem de reintegração de posse  diante de cincos ordem de despejo judicial contra os Guarani e Kaiowá, sendo 4 ordem de Justiça Federal de Naviraí-MS, uma ordem de despejo é do Tribunal Regional de São Paulo-SP,  deferida no dua 12/12/2013, Aty Guasu divulga a decisão de 5.000 Guarani e Kaiowá do YVY KATU.escreveram essa carta que segue.

Tekoha Yvy Katu-Japorã-Mato Grosso do Sul-BRASIL, 12 de dezembro de 2013.

Decisão definitiva de 5.000 indígenas Guarani e Kaiowá para Governo, Justiça Federal e para todas as sociedades nacionais e internacionais do Mundo.
Hoje no dia 12 de dezembro de 2013, nós 5.000 mil indígenas Guarani e Kaiowá do TEKOHA YVY KATU recebemos notícia de mais uma ameaça de morte coletiva, é a ordem de violência contra nós e despejo expedida pela Justiça Federal do Tribunal Regional de São Paulo-S.P. Assim, claramente a justiça brasileira vai matar todos nós Guarani e Kaiowá. Mais uma ordem de despejo da Justiça Federal deixa evidente para nós que a Justiça do Brasil está autorizando o extermínio Guarani e Kaiowá, as violências, morte coletiva, sobretudo extinção e dizimação Guarani e Kaiowá do Brasil.
Entendemos que em 10 anos, a Justiça Federal do Brasil já decretou várias vezes a nossa expulsão de nossa terra YVY KATU que significa que a Justiça do Brasil está mandando matar todos nós índios aqui no Yvy Katu. Já faz dois meses que retornamos comunicar à Justiça Federal e ao Governo Federal que nós comunidades voltamos a reocupar o nosso tekoha YVY KATU e recomeçamos morar no pedaço de nossa terra. Avisamos também que não vamos sair mais de nossa terra YVY KATU, aqui morreremos todos juntos, aqui queremos ser enterrados todos. Essa é a nossa decisão definitiva que não mudamos nossa decisão. Já enviamos e reenviamos várias vezes ao Governo Federal e ao Ministro da Justiça, à Presidenta Dilma, ao Ministério Público Federal, ao Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Hoje 12/12/2013, mais uma vez, encaminhamos a nossa decisão definitiva à Presidenta Dilma e ao Presidente do Conselho Nacional da Justiça e do Supremo Tribunal Federal para entender e atender os nossos últimos pedidos. Demandamos às autoridades federais supremas do Brasil as seguintes. Estamos reunidos 4.000 mil Guarani e Kaiowá aqui no tekoha YVY KATU para resistir à ordem de despejo, a nossa decisão é lutar até morte pela nossa terra YVY KATU, nem depois de nossa morte não vamos sair daqui do YVY KATU.
Pedimos ao Governo Dilma e Presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa para mandar somente enterrar coletivamente todos nós aqui no tekoha YVY KATU. Nem vivos e nem morto iremos sair daqui de nossa terra antiga. Com vida ainda, antecipamos os nossos pedimos à Justiça, esse nosso direito de ser sepultado ou enterrado aqui no YVY KATU, esse pedido exigimos à Justiça do Brasil.
Solicitamos ainda à presidenta Dilma, à Justiça Federal que decretou a nossa expulsão e a morte coletiva para assumir a responsabilidade de amparar e ajudar as crianças, mulheres e idosos (as) sobreviventes aqui no YVY KATU que certamente vão ficar sem pai e sem mãe após a execução do despejo pela força policial. Uma vez que a Justiça Federal de Navirai-MS em novembro, já determinou o uso da força policial contra nossa vidas e luta, diante disso comunicamos à juíza federal que nós vamos resistir até morte à ordem de despejo, temos absoluta certeza que morreremos pela nossa terra YVY KATU, a juíza já está ciente de nossa decisão. Todas as autoridades também já estão cientes de nossa decisão que como povo nativo Guarani vamos lutar até a morte pela terra YVY KATU.
Hoje 12/12/2013, mais uma vez passamos comunicar ao juiz federal do Tribunal Federal de São Paulo que não vamos sair do tekoha YVY KATU, aqui vamos resistir e morrer todos lutando. De forma igual, comunicamos à presidenta Dilma. Pela última vez, avisamos a todos (as) que a partir de hoje 12/12/2013, começamos a realizar um raro ritual religioso nosso de despedida da vida da terra, essa é a nossa crença, um ato consciente de preparação da vida para a morte forçada pelas armas de fogo dos homens brancos, ou melhor, começamos a participar da cerimônia de aceitação e confirmação da saída forçada da alma do corpo e sua volta ao cosmo Guarani em função da morte forçada no campo da luta. Esse é um dos rituais de despedidas da vida que raramente se realiza, mas hoje começamos a praticar. Começamos a participar desse ritual de aceitação da morte forçada e despedida da vida, das famílias e dos amigos (as), pois sabemos bem que a Justiça Federal está autorizando os homens brancos armados para atacar e matar nós aqui no tekoha YVY KATU. Comunicamos a todos (as), pois nós Guarani e Kaiowá do YVY KATU decidimos a resistir à ação de despejo e seremos mortos pela arma de fogo dos homens brancos ou policiais. Não há dúvida. Não iremos recuar nem um passo para traz, vamos resistir por questão de honra e profundo respeito aos nossos ancestrais mortos no YVY KATU, decididos, vamos lutar e morrer pela nossa terra onde estão enterrados os nossos antepassados. Por essa razão, pedimos ao Governo e a Justiça para mandar enterrar nós todos aqui no tekoha YVY KATU, porque nem vivo e nem morto não vamos sair do tekoha YVY KATU. Essa é a nossa decisão definitiva. Mais uma vez, convidamos a todas as sociedades nacionais e internacionais para acompanhar e assistir ao genocídio e a dizimação de 4.000 povo nativo Guarani e Kaiowá do YVY KATU pela justiça do Brasil por meio dos homens “brancos” POLICIAIS armados brasileiros aqui no Mato Grosso do Sul/BRASIL.
Tekoha Yvy Katu, 12 de dezembro de 2013
Comunidades Guarani e Kaiowá do tekoha YVY KATU-Japorã-MS-BRASIL

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

PT de MS presta solidariedade a Roberto Botarelli e aos movimentos sociais de MS

Nota de apoio
Ao companheiro Roberto Botarelli e aos movimentos sociais de Mato Grosso do Sul

Em função da ameaça de morte sofrida pelo professor Roberto Botarelli, presidente da Federação Estadual dos Trabalhadores em Educação (Fetems), na tarde do dia 04 de dezembro, nós, membros da Executiva Estadual do PT, indignados com este gravíssimo fato nos manifestamos publicamente contra mais este ato de covardia das classes dominantes, e em defesa das classes trabalhadoras, dos povos indígenas e dos movimentos sociais de Mato Grosso do Sul.
É do conhecimento geral que o principal conflito social no estado é a disputa pela terra envolvendo fazendeiros e povos indígenas e, justamente na tarde de hoje, a justiça acolheu uma solicitação dos movimentos sociais, e suspendeu o leilão marcado para o dia 7 com vistas a arrecadar recursos financeiros para dificultar a organização e a luta dos povos indígenas.
Diversas entidades e lideranças apoiam a luta dos povos indígenas e a Fetems, em particular, sob a liderança do professor Roberto Botarelli tem se destacado, no último período, como parceira na solução pacífica dessa questão e publicamente se apresentado ao lado das reivindicações dos povos indígenas.
Exigimos das autoridades competentes a apuração, identificação e punição dos autores da referida ameaça, bem como proteção à vida do professor Roberto Botarelli. É inaceitável que, em pleno século XXI, sejam utilizados métodos de coerção e intimidação que tentam amedrontar e calar a voz de lideranças dos movimentos sociais.
Não nos calaremos!

Viva as classes trabalhadoras! Viva os povos indígenas!

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Tarde de cultura solidária aos povos indígenas de MS neste sábado, no Horto Florestal


Um grande Ato-show em solidariedade aos povos indígenas estará acontecendo neste sábado, 7 de dezembro, em Campo Grande-MS, na Arena do Horto Florestal
Várias atrações artísticas estarão se apresentando no local, montado para receber doações em alimentos, roupas, calçados e utensílios domésticos, que serão entregues às comunidades Guarani do sul do Estado. Cercadas e isoladas em diversos pontos dos municípios do interior, centenas de famílias indígenas estão sem acesso ao mínimo para a sua subsistência. 
Num reconhecimento aos significados da presença cultural das etnias no MS. 
20 artistas plásticos pintaram telas em Ato Solidário anterior. Estarão expostos estes e outros trabalhos que foram doados ao Coletivo Terra Vermelha em prol dos indígenas e que compõem um acervo artístico emblemático e contextualizado, das relações de conflito a que eles foram relegados. A rede solidária inclui também diversos músicos, bandas de diferentes estilos, grupos teatrais e de dança, bem como produtores de cine e vídeos que estarão se revezando no palco e nas telas.

A classe artística está organizada a partir do Coletivo Terra Vermelha,
 uma iniciativa de índios e não-índios do Brasil e do Mundo, voltada para pensar e promover propostas de intervenções na busca da justiça, paz e da solidariedade. A organização deste Ato-show é feita também por uma ampla aliança de movimentos sociais e populares, de trabalhadores, de estudantes e de outras categorias que defendem direitos afins.

Contato: 67 91182163
               67 96518284

Ato Unificado em Favor dos Direitos dos Povos Indígenas do MS

CAMPO GRANDE / MATO GROSSO DO SUL / BRASIL

ARRECADAÇÃO DE ALIMENTOS, ROUPAS, CALÇADOS E UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS

FAÇA SUA CONTRIBUIÇÃO:
Caixa Econômica Federal, CCDH Marçal de Souza, AG: 2224 , Operação : 013, Conta Poupança : 40832—3.

ARTISTAS DA TERRA, MOVIMENTOS SOCIAIS E SOCIEDADE CIVIL EM APOIO AOS POVOS INDÍGENAS DO MS. CONTRA A VIOLÊNCIA E PELA PAZ NO CAMPO.

Local : Arena do Horto Florestal
Horário: 14hs ás 20hs
AS DOAÇÕES SERÃO RECEBIDAS A PARTIR DAS 9hs

PROGRAMAÇÃO

- Exposição Permanente:
30 obras de artistas plásticos que pintaram as telas no ‘Ato Contra o Genocídio dos Povos Indígenas do MS’, realizado no 9 de novembro de 2012 pelo Coletivo Terra Vermelha-CTV, em