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domingo, 30 de setembro de 2012


Jara defende diversificação no transporte coletivo com  a quebra do monopólio dos ônibus

Em reunião realizada ontem, com moradores do Bairro Cel. Antonino , Center Park e Estrela do Sul, o candidato  vereador pelo PT, Gerson Jara, defendeu a diversificação no sistema de transporte coletivo com a quebra da exclusividade dos ônibus no transporte de passageiros.
Para Jara a população não pode mais ficar submetida ao jogo de conivência existente entre a atual a administração e os empresários dos transportes coletivos representados pela Assetur, que inclusive impede os fiscais de linhas da Agetran de portar o carnê de multas por atraso ou irregularidade no sistema.
O candidato defende a reorganização do sistema de transporte de massa com regulamentação de táxis lotação, vans e estudos para implantação de um sistema de trem de passageiro.  Defende também o retorno do  cobradores de ônibus e o fim da exclusividade do cartão. "Temos que tirar os carros das ruas, a cidade já não comporta tantos veículos na área central".
Jara também defendeu mais atenção do poder municipal nas áreas de esporte e lazer, onde a comunidade possa desfrutar do lazer e da prática desportiva.  Acrescentou que no Bairro Cel. Antonino e no Center Park não existe nenhuma praça pública ou centro poliesportivo e a região da cidade que mais apresenta crescimento populacional.
Aliado a criação de praças e centros poliesportivos defende a popularização de programas na área de desporto e lazer, ocupando todos os espaços públicos com pista de caminhada, academia de ginástica ao ar livre, campos de futebol suiço, skate e vôlei de areia.
Jara reforçou a importância da população votar em Vander Loubet no primeiro turno, elogiando o empenho do candidato petistas na alocação de recursos para os programas do PAC e na área de educação, citando o novo prédio da biblioteca da UFMS e agora o investimento no Centro Tecnológico de Eletrônica e Informática, projeto multinstitucional, com sede na UFMS. .

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Ministério da Saúde tem recursos para reforma, mas Hospital do Trauma continua com obra naquiada



Em ato de apoio a candidatura de Vander Prefeito, o Ministro Padilha destacou o volume de recursos disponíveis para reforma, construção e ampl siação de hospitais e unidades de saúde. Para tanto, dependia apenas de vontade política para os municípios priorizarem projetos para a área. Destacou a demanda dos prontos socorros que tem a ocupação de 30% a 40% em casos de trauma por acidentes de carros ou motos, já nas UTIs chega os casos chegam de 40% a 50%. A situação é um paradoxo com a situação do hospital de trauma da Santa Casa que deveria estar pronto em junho deste ano, já recebeu recursos do Ministério da Saúde e ainda necessita de mais R$ 60 milhões para finalizar, com o Estado e o município jogando bola quanto a responsabilidade da contrapartida.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Campo Grande precisa de política de regularização fundiária, urgente

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Campos Grande precisa de uma política de regularização fundiária mais agressiva e de transparência no sorteio de casas populares, a recriação da Secretaria de Assuntos Fundiários poderia ser uma dfas soluções. No sábado, em reunião com moradores do Bairro Guanandi, ouvir diversas reclamações de pessoas inscritas nos programas habitacionais da Prefeitura de Campo Grande, há mais 15 anos, sem restrição e renovação anual de cadastro, que sempre ficam sem resposta por parte da Agência Municipal de Habitação.

Ouvi reclamações de uma Moradora do Bairro Taquarussu (antiga Sapolândia) que reside no local há mais de 16 anos e ainda tão a área regulamentada por falta de uma política de regularização fundiária, o que causa a insegurança de milhares de moradores de Campo Grande. Pois tal situação acontece no Bairros Nossa Senhora das Graças, onde resido, Nossa Senhora Aparecida, Portelinha, Jardim Noroeste e no Bordon.

Com base no Estatuto do Favela após 5 anos de posse da área, mediante as realizações de benfeitorias e sem pedido de reintegração de posse, desde de que não seja área pública, ela pode ser regularizada e deixar de  ser carta de manga de político mal intencionados que acabam tirando dividendos da situação de inseguranças das famílias com tetos provisórios e que acabam sendo definitivo.  Para tanto, basta a Prefeitura providenciar o levantamento e a avaliação do memorial  descritivo das benfeitorias e a devida desapropriação ou desafetação de área com a anuência da Câmara dos Vereadores.

O Ministério Público, bem como as Universidades e até mesmo as empresas públicas, também poderiam ser parceiros na realizações de mutirões de regularização de áreas de posse, trazendo tranquilidade para as famílias e ao mesmo aumentando a base arrecadação de impostos, com as devidas melhoras nesta áreas composta por famílias carentes

sábado, 22 de setembro de 2012

Jara defende criação da Casa do Estudante Universitário



Estivemos na manhã deste sábado, no Calçadão da Barão, somando esforço no ato de Assinatura de Compromisso com a Juventude, com a presença nosso candidato a  prefeito Vander Loubet. Na ocasião reivindiquei o compromisso do parlamentar na construção da Casa do Estudantes Universitário, para atender nossos estudantes do interior e de outros países que estão na capital,  na extensão do passe do estudante para alunos de cursos profissionalizantes e a priorização na recuperação de áreas de esporte e lazer na periferia da cidade, além do fortalecimento com cursos de formação profissional, artes, teatro e música para atender a população juvenil. 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

RPPN Cara da Onça no Globo Repórter de hoje

Convidado os amigos de redes sociais para assistirem nesta sexta-feira, 22h35 min., o Globo Repórter. O  programa exibirá as belezas do Parque Nacional da Bodoquena e da nascente e parte do Rio Salobra.  No local, em parceria com o sócios o jornalista Edson Silva e o médico Renê André B. dos Santos, criamos a Reserva Natural do Patrimônio da Humanidade RPPN  Cara da Onça, encravada no falso kenyon.
O projeto foi financiado pela Conservation Internacional a partir de projeto de elaborado pela Repams (Associação das Reservas Particulares de Mato Grosso do Sul) e patrocínio da Petrobrás.  Já georeferenciamos a área, conseguimos elaborar o Plano de Agora e partiremos  agora para execução. Vale à pena assistir o Globo Repórter e conhecer o local para desfrutar da beleza cênica, da flora e da flauna dos resquícios de Mata Atlântica de Mato Grosso do Sul.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A política de saúde de Campo Grande tem que priorizar o fortalecimento da rede pública


Acompanhei o debate entre os candidatos a prefeitos e vice-prefeitos de Campo Grande com os Conselheiros Municipais de Saúde, ontem, na sede da Fetems.  As propostas, inclusive do PT, não deixaram claro o conceito de saúde que querem implementar na cidade, focando medidas meramente no campo curativo, quando muito a expansão das equipes de médicos da família.
Um pontos polêmicos foi o investimento público na Santa Casa, defendido inclusive pelo nosso candidato a vice-prefeito, Cabo Almir . Em Campo Grande o que existe uma inversão de prioridades do SUS (Sistema Único de Saúde) que prega a prioridade de investimento dos recursos privados e não hospitais públicos, sabendo-se que a parceria com empresa de saúde deve ser apenas complementar.
 Assim, a saída é investir cada vez no fortalecimento dos Hospitais Regional e da UFMS e criar o Pronto Socorro Municipal e ampliar a rede atendimento de casos de baixa  e média complexidade e depender cada vez  menos para Santa Casa que deve encapada pelo município ou operar com empresa privada, sem depender de recursos públicos. Um exemplo de distorção de prioridade são os investimentos nos Hospital do Trauma, até hoje caminhando a passos de tartaruga e sem  recursos complementares do município e do Estado para a sua conclusão. Esta unidade de serviços poderia ser muito bem montada em dois hospitais públicos, sem necessidade de obras, ao invés de se fazer parceria com o sumidouro de dinheiro público que é a Santa Casa.
O Hospital do Trauma é  exemplo cabal de descaso com a saúde pública, tendo em vista que a especialidade é o calcanhar de Aquiles do sistema de saúde do município, sobrecarregando UTIs.  A obra deveria estar concluída em junho deste ano e o máximo que recebeu foi uma caiação para disfarçar a incompetência de gestão.
Além de salário, há necessidade premente da realização de concurso público e a aprovação do PCC dos funcionários da saúde, largados a própria sorte, com o médico ganhando  cerca de R$ 2.200,00 para atender uma demanda crescente de paciente.
Feita a  lição de casa o desafio é preciso fazer acontecer que as unidades de saúde funcionem e as equipes de médicos e paramédicos das unidades da  saúde de família realmente funcione à contento, visitando as casas e a partir de programas de reeducação alimentar e preventiva eficiente, de alta grau de resolução, o que não existe, vide as constantes surtos de Dengue e Leishmaniose que todo assola nossa cidade.  
Ao invés de gastar volume e volumes de recursos com consultorias o município deveria celebrar convênio com Cuba e própria a UFMS, treinando os profissionais para aprender como fazer a saúde pública preventiva acontecer na prática, desmontando os interesses privados e de laboratórios que ganham dinheiro com a indústria da doença e operam no desmantelamento da rede pública de saúde.
É preciso coragem política. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O horário gratuito do PT de Campo Grande reflete a prática autoritária na comunicação

Setores do PT sempre tiveram dificuldade de radicalizar o princípio da comunicação. Um exemplo é que somente após 7 anos do Governo Lula conseguimos realizar a 1ª Conferência Nacional de Comunicação e as principais resoluções ainda não saíram do papel, principalmente quando se trata de mídia televisa e radiofônica.
As concessões e ortogas  ainda são produtos de lucro para vários empresários, que sublocam o espaço e ganham dinheiro fácil ou quando muito dominam e controlam diversas mídias: rádio, TV, publicidade.   
As rádios comunitárias ainda são amordaçadas pelo apoio cultural e não podem realizar captação comercial na região a qual tem cobertura, por outro lado não existe nem uma linha incentivo a modernização das rádios AMs, sufocada pelas novas modalidades de mídia.
Já no PT de MS sempre enfrentamos uma camisa de força daqueles grupos ou lideranças que apesar do discurso reproduz a prática autoritária no modelo de comunicação existente. Um péssima exemplo foi a relação do TV Educativa com então Governo do PT no Mato Grosso do Sul. Negam a população a versão plural sobre a notícia e acabam reforçando modelos autoritários e globais de comunicação.
Um exemplo é o programa eleitoral gratuito em Campo Grande. Setores que dizem financiar o custo de produção televisa e radiofônica determinam as regras de inserção com base em critérios de cúpula e pouco democrático. Com se parte do  custeio na fosse financiado pelo fundo partidário.
Neste quesito até nossos adversários parecem ser mais democráticos,  dividem o espaço com mais equidade, pois no PT diversos candidatos, inclusive este, foram preteridos na gravação do segundo bloco  em que os candidatos comentam e apontam soluções para os problemas de Campo Grande e resto são jogados, tesourados, no clipping despolitizado e estético que pouca coisa diz.   O argumento seria uma pesquisa entre  15 candidatos melhores posicionados, instrumento que também não foi partilhado internamente.
Realmente a democracia vem virando mero instrumento de retórica em nosso partido. Que saudades do PT quando da sua fundação produzia material coletivo, imprimíamos cartazes em jornais  e o tempo de rádio e TV eram divididos igualitariamente. Crescemos e conquistamos a sociedade sul-mato-grossense por éramos diferentes, nosso sonho era coletivo e não propriedade de meia dúzia de iluminados. O individualismo modernista contamina com nosso partido e dissemina o vírus do autoritarismo na comunicação em outras esferas. Lamentável.
Sem novas práticas não se constroem o novo homem.

Gerson Jara - Jornalista e candidato a vereador pelo PT em Campo Grande. 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Professora Sonia Jin do Ministério de Ciência e Tecnologia adere a campanha Gerson Jara



Com muita satisfaçao recebi a carta de apoio da professora Sonia Jin, nossa ex-candidata a reitora da UFMS, ex-superintendente estadual de Ciência e Tecnologia de MS, mulher batalhadora e pesquisadora de renome nacional e que em Brasília encaminha projetos de estratégicos para o desenvolvimento da Educação no Estado, gestora de projetos como o CTEI (Centro Tecnológico de Eletrônica e Informática), Laboratório de Jornalismo Científico e Casa da  Ciência. 
Esta iniciativa nos motiva a caminhar a passos firme rumo a Câmara de Vereadores de Campo Grande.

TEXTO PARA GERSON JARA
Candidato a Vereador/Campo Grande
É com entusiasmo que recebemos a candidatura do jornalista GERSON JARA à vereança, em Campo Grande. Amadurecido no movimento estudantil e na prática sindical, ele tem se destacado como jornalista especializado em matérias correlatas. Nosso País deve muito aos jornalistas sérios e comprometidos com a ética e com a verdade dos fatos. O jornalismo tornou-se uma forte ferramenta propulsora da democracia e nos possibilita avaliar os acontecimentos com maior clareza.
A eleição do Jara representa ainda, a introdução de um novo perfil entre os vereadores,  pois com sua experiência de lidar com os atores do mundo do trabalho poderá, efetivamente, contribuir com a melhoria de suas  relações no exercício do poder legislativo. Outro trabalho importante, para o qual está habilitado, é sua capacidade de discussão das questões locais com vistas à melhoria da qualidade de vida da população,seja na construção da Lei Orgânica do Município, seja elaborando leis, atendendo às reivindicações e desempenhando sua função de mediador entre os habitantes e o prefeito.

Acreditamos que ele possa compor um poder legislativo forte e independente, como requer uma democracia. Que possa ser um vereador independente, atuante, polêmico, sempre com coragem para concordar com o que considerar certo e discordar do que julgar errado. Que possa agir com conhecimento, desarmado de ódios ou rancores e principalmente, sem subserviência ao executivo, a quem deve fiscalizar.
 Sonia Maria Jin- Brasília, agosto de 2012.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Campo Grande precisa criar uma Secretaria de Assuntos Comunitários e Ouvidoria.




Campo Grande precisa de Secretaria de Assuntos Comunitários e uma Ouvidoria para reclamações sobre os serviços públicos. Em visita realizada na semana passada,  a sede da Associação dos Moradores da Vila Coophamat, na saída de Sidrolândia, pude perceber o quanto o poder público é distante do cotidiano da comunidade.  É uma situação de profunda  contradição com o tratamento dispensado aos espaços públicos na área central e nos bairros de classe média e alta de Campo Grande, com academia de ginástica e arborização.
O local está praticamente abandonado, jogado às traças e fungos literalmente.
A última reformado espaço aconteceu no Governo Zeca do PT. A praça, onde funciona, uma escola conveniada, está com arena de areia e os brinquedos em péssimo estado de conservação, o campo de futebol, local que reunião os boleiros, foi reflorestado, sem a devida consulta aos moradores, a quadra de vôlei foi construída pela comunidade, que fez o baldrame e colocou a areia e a iluminação por conta própria, sem qualquer apoio por parte a prefeitura.  A quadra de futebol de salão e basquetebol está sem condições de uso, mal conservada. À noite a escuridão toma conta do local, onde poderia funcionar um Centro Poliesportivo, bem iluminado, com pista de caminhada e outras formas de atividade que faça os cidadãos tomar gosto pela práticas desportivas a ficar sedentário em frente de uma televisão.
Na oportunidade, os jovens da comunidade reivindicaram apenas três caminhões de areia para renovar o espaço que reúne a comunidade em torno de torneios. Assumimos o compromisso de reivindicar as benfeitorias junto as autoridades constituídas.  

sábado, 8 de setembro de 2012

Modelo de concessão de transporte coletivo precisa ser revisto, defende Gerson Jara




O modelo de concessão de transporte coletivo de Campo Grande precisa se revisto, defende Gerson Jara
Em reunião ocorrida nesta quinta-feira, na casa professora Ana Cristina, no Bairro Cel. Antonino, o jornalista Gerson Jara defendeu que o contrato para exploração da concessão dos serviços de transporte coletivo, renovado  por mais 30 anos, precisa ser revisto.
Na avaliação do jornalista o atual modelo de divisão territorial já não comporta a demanda, engessando a oferta de serviços oferecidos aos cidadãos. Reforçou a necessidade de mudança do sistema com base territorial para livre cadastro de linhas, em que qualquer pequeno ou micro empresário, mediante registro na  Agetran, possa explorar linhas registradas previamente. Além disso, defende o ingresso de táxis lotação e outras modalidades de serviços que possam aumentar a oferta de veículos, com custos menores, aos usuários. "Precisamos de mais concorrência no setor e  não cabe ao município reforçar o monopólio no setor", criticou.
Jara também defendeu mais investimentos no sistema de sinalização horizontal e vertical de trânsito, uma vez que a cidade reativou a indústria de multa, sem o respectivo investimentos no setor, principalmente nos bairros. Com isso o número de acidentes com vítima fatal cresce em progressão geométrica, ceifando vidas e causando prejuízos ao patrimônio dos cidadãos. "A prefeitura tem que criar uma ouvidoria de trânsito, um espaço em que o cidadão possa ter suas sugestões e reivindicações avaliadas e implantadas de forma mais ágil", declarou. 
Conclamou o empenho da comunidade para construir praças e áreas de lazer no bairro Cel. Antonino, até momento sem nenhum espaço público reservado para práticas desportivas. Sugeriu inclusive a permuta da antiga área do DNIT, no final da Rua Rachid Neder, próximo a Associação de Moradores do Bairro, como local adequado para uma praça poliesportiva e de lazer. "É só a prefeitura permutar a área, fazer o projeto e corremos atrás recursos com a nossa bancada para que esta obra se concretize".  

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Reunião com agentes da Pastoral Carcerária



Reunião com agentes da Pastoral Carcerária: Tive a oportunidade nessa quarta-feira de apresentar a minha plataforma de trabalho como candidato a vereador para os agentes da Pastoral Carcerária, da qual minha mãe é agente por mais de 20 anos, evangelizando nos presídios de  Campo Grande. 
Reencontrei  pessoas como Irma Lídia, Zilda, Irmã Antonina, como os advogados Francisco e Eduardo, que motivados pela fé lutam para melhorar a qualidade de vida dos apenados pela sociedade e buscam de forma incansável a ressocialização dos cidadãos condenados ao ciclo, muitas vezes sem volta, da marginalidade.
Na reunião assumi o compromisso de reivindicar a implantação da lei federal que garante aos presos o direito ao estudo, inclusive superior. Que bom que dos presídios saíssem advogados, professores, tecnólogos, assistentes sociais, mecânicos, padeiros e tantas outras profissões úteis para a sociedade.  Hoje temos um aparato de ensino à distância,  que integrada a UEMS, UFMS, UCDB, Ananhanguera  e o IFMS poderia oferecer ao interno o direito de cumprir sua pena e sair pela porta da frente com um diploma na mão.
Também assumi o compromisso de realizar estudos e ajudar na formulação de projetos de suporte à atividade da pastoral: comunicação, veículo e formação de novos agentes, além de apoio a ações culturais que tornem menos traumatizante a vida dos nossos condenados.



quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Mensalão: Chegou a hora de mudar as regras do jogo



O Escândalo do Mensalão, na verdade financiamento de candidatos e partidos aliados, sem contabilização, é boa oportunidade para o PT e a sociedade exigirem uma mudança radical na Lei Eleitoral, que historicamente beneficia os candidatos de todos os partidos com ligações com empresas e prestadoras de serviços. Daí a importância do financiamento público de campanha.
Neste jogo não tem anjo, o PT herdou um sistema eleitoral secularmente viciado e os parlamentares com mandato, do PT e fora do PT, não querem mudar a regra do jogo porque acabam se beneficiando das atuais regras.
Vejo como única solução um Plebiscito Nacional convocado pelo Executivo, para que nossas eleições deixem de ser uma avalanche de dinheiro  e privilégios e sirva para eleger cidadãos de bem, vocacionados, que não sejam lacaios  de empreiteiras e mantenha a política com um balcão de negócios e do toma lá da cá.
Sugiro a leitura do artigo da companheira jornalista Maria Inês Nassif


Há nove anos no poder, num regime presidencialista de coalizão que tem o poder de agregar todos os vícios do sistema partidário, e como partido profissionalizado que tem de competir com os demais por financiamento privado de campanha, o PT chegou ao seu limite.

Maria Inês Nassif

O quadro eleitoral pós-ditadura envelheceu rapidamente porque nunca foi novo. Os partidos se rearticularam em torno das mesmas bases eleitorais do bipartidarismo, que por sua vez incorporou as mesmas práticas do quadro partidário que começou a se consolidar a partir de 1946, a redemocratização pós-Getúlio. Fugiu a essa regra, na redemocratização, o Partido dos Trabalhadores (PT). Há nove anos no poder, num regime presidencialista de coalizão que tem o poder de agregar todos os vícios do sistema partidário, e como partido profissionalizado que tem de competir com os demais por financiamento privado de campanha, o PT chegou ao seu limite. Existe uma linha tênue que ainda difere a frente de esquerdas formada no final da ditadura militar do modelito das demais agremiações brasileiras. Aliás, muito sutil. Para o partido da presidenta Dilma Rousseff, a reforma política é uma chance de evitar a vala comum dos partidos tradicionais brasileiros.

Em 1994, quando Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente pela primeira vez, o PSDB era um partido pequeno, de quadros e não apenas com uma vocação definida para a negociação, mas em processo de conformação ao neoliberalismo, que se tornava hegemônico globalmente. Ser governo, nadar em direção ao centro, e posteriormente mais à direita, e contar com quadros que deram sustentação ideológica à mudança de rumos do partido que começou social- democrata, facilitaram as alianças necessárias à composição de uma maioria parlamentar sólida. FHC tinha uma maioria mantida coesa com a ajuda da política tradicional, mas dispunha também de grande convergência de ideias. Fazer um governo do centro à direita , com a característica de unidade ideológica e de similaridade na práticas da política tradicional, foi o achado de estabilidade do governo FHC.

Após a vitória, entretanto, o partido de FHC, com a intenção de amortecer o impacto da aliança com os partidos mais fisiológicos, passou a investir na cooptação de quadros de legendas à sua direita – quadros que não deixaram de ser fisiológicos porque foram para o PSDB, mas, ao contrário, aceleraram a conformação do partido à política tradicional. O PSDB consolidou-se no Norte e no Nordeste graças à ação do “trator” Sérgio Motta que, no comando do partido e do Ministério das Comunicações, fez um trabalho de arregimentação destinado a aumentar rapidamente a bancada e dar maior poder de negociação aos tucanos, na aliança preferencial feita com o então PFL. No Sudeste, o partido comeu o PMDB pelas bordas. No Sul, manteve alguma influência por ter ao seu lado o PMDB.

Era a estratégia de fazer rapidamente um partido grande que, segundo o projeto do grupo original do PSDB, ficaria 20 anos no poder. A porta de entrada era a infidelidade partidária – a possibilidade de mudar de partido sem sofrer punições –, extinta no governo Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral, uma decisão ratificada pelo Supremo Tribunal Federal, por provocação dos partidos governistas no governo FHC, que então eram oposicionistas e sofriam o efeito da perda de quadros para a bancada de apoio ao governo petista.

No final de oito anos de mandato, o PSDB havia sido tragado pela política tradicional. Era um partido com quadros nacionais originários do racha do PMDB, em 1988, aos quais se agregaram caciques vindos de outros, em especial no Nordeste. Nos Estados, todavia, estruturou-se absolutamente enquadrado na fórmula de cooptar o chefe político estadual e dar a ele autonomia para arregimentar os donos do poder nos municípios. A política do varejo passou a ser decidida pelos donos do partido nos Estados, a exemplo do que ocorria com o PMDB do qual rachou o tucanato; a política nacional, por “cardeais” que, no governo federal, davam o rumo ideológico do governo, articulavam “por cima” e garantiam a sua base atendendo aos interesses paroquiais de seus líderes estaduais (e nacionais também).

O PT teve um período de consolidação maior antes de chegar ao poder, em 2002, com Lula; e, como foi criado por quadros que militavam fora da política tradicional, sua absorção ocorreu de forma mais lenta. O partido de militância voluntária, no entanto, foi um modelo que começou a ruir nos anos 90; o discurso antiprofissionalização e anti-institucionalização de alguns grupos perdeu ainda mais força a partir de 1995, quando José Dirceu assumiu a presidência nacional, organizou uma burocracia partidária e estruturou profissionalmente o partido para disputar o poder dentro das regras estabelecidas pelas leis, com as devidas adequações às práticas eleitorais e partidárias, inclusive a entrada do PT no mercado de financiamento privado eleitoral, numa realidade em que o custo da disputa pelo voto aumentava de forma geométrica.

Nos dez anos que separaram a posse de Dirceu na presidência do PT do chamado escândalo do “mensalão”, que tirou o seu poder no governo Lula e no PT, o partido viveu um dilema hamletiano: aprendeu a usar o dinheiro e a mensagem publicitária para angariar votos e montou uma estrutura municipal que não apenas capilarizou seus votos, mas ampliou suas fontes de recursos; e de outro lado, submeteu os grupos mais radicais mas ainda os manteve na órbita do partido, “terceirizando” a esses grupos a tarefa de pressionar internamente por decisões de caráter mais programático e orgânico.

O PT completou com Lula oito tumultuados anos de poder, onde assumiu o desgaste pela inserção plena na forma tradicional de financiar partidos, teve de se escorar na popularidade de Lula e completou o ciclo de regionalização. Segundo um parlamentar petista, nos Estados onde o partido tem mais tradição de organização, já está distritalizado – isso quer dizer que, onde tem prefeitos, consegue eleger deputados estaduais e federais. Esse é um indicativo bastante forte de que, do ponto de vista funcional, o partido já opera de forma muito semelhante aos demais.

Proliferam também, Brasil afora, situações onde os grupos do PT mantém-se rachados em relação aos governos estaduais e municipais: dividem-se na escolha dos candidatos, os grupos vencidos se afastam durante a campanha e, na composição com um vitorioso de outro partido, uns grupos ficam, outros vão embora. Isso era impensável no passado, exceto no Rio, onde constantes intervenções da direção nacional mais atrapalharam do que ajudaram a unidade do partido.

Do ponto de vista nacional, existem louváveis tentativas de costurar uma certa organicidade no partido que está há nove anos no poder, mas numa coalizão que vai, a partir dele (com seus setores mais de centro-esquerda e outros à esquerda) até partidos de extrema-direita, convivendo com uma oposição que interrompe o arco de alianças ao tentar situar-se ao centro (embora com muita tendência à direitização). A direção nacional tenta definir uma pauta política do próprio partido, que não esteja atrelada simplesmente às posições de governo, e discute seriamente mudanças na legislação eleitoral e partidária para evitar que quadros ideológicos desapareçam diante da necessidade de fazer caixa de campanha (e portanto atrair o interesse das empresas), e para interromper o processo de favorecimento de lideranças boas de voto e dinheiro, em detrimento dos melhores quadros orgânicos.

Sem a reforma eleitoral e partidária, certamente o PT, como partido de governo num regime presidencialista com as características do nosso, não deixará de crescer. Com uma reforma eleitoral que privilegie o voto distrital, também tem chances de manter um crescimento consistente. Com finaciamento privado de campanha, todavia, deixará de ser em pouco tempo o partido que se diferencia no quadro partidário. Em muito pouco tempo. Está no seu limite.