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terça-feira, 18 de novembro de 2014

PITACOS DO JARA NOS BASTIDORES DA POLÍTICA

Presidente da Câmara fica de joelhos a Olarte

Depois do pomposo reajuste de  mais de 60% nos  próprios salários, aumentar o IPTU em 12% e a passagem de ônibus em R$ 3,00,  o presidente da Câmara e boa parte dos vereadores da situação (puxa-sacos), tentam vergonhosamente descaracterizar vídeo gravado em offline em que o prefeito afirma que deu um duro golpe na Câmara dos Vereadores e nos professores em greve. Como sempre, a melhor maneira de calar o legislativo é liberar as pomposas verbas para o poder. Enquanto isso, o contribuinte paga a conta. 

Eleição da ACP vai para o tapetão (Com Correção)
Depois do velho golpe de regras eleitorais viciadas, em que a diretoria controla tudo, até o resultado, a chapa 3, do Conselho Fiscal,  que é independente da Chapa 3, desferiu um duro golpe no processo nas eleições da Fetems e  anulou o processo eleitoral em curso, em plena greve. No vale tudo, três chapas disputam a entidade, com uma receita superior a R$ 260 mil mensais de arrecadação, a Chapa 2 ligada ao PCdoB, PPS e apadrinhada pelo Alcaide, Aldo Olarte, a Chapa 1 apoiada pelo atual presidente, Geraldo, fusão de petistas e tucanos e peemedebistas  e a Chapa 3, ligada ao campo de esquerda do PT. O resultado é imprevisível, pois na mobilização muitos filiados puderam sentir  quem é de luta e quem se curva perante ao imperador.


PT de Campo Grande promove mudanças
Depois do resultado difícil de engolir do candidato a Governador, Delcidio do Amaral, o PT de Campo Grande, já discute mudanças e substituição no comando político do partido. Entre os motivos alianças no campo aliado sem densidade eleitoral, a custo de ouro e o gelo na militância petista no 1º turno, sem qualquer parâmetro ético. As portas fechadas, o lava roupa vai acontecer nesta quarta-feira.

Eleição da Cassems já suscita interessados
A eleição para nova direção da Cassems já suscita muitos interessados, pois a empresa de autogestão movimenta uns bons milhões mensais. Três grupos estão se movimento para colocar a mão no cofre e tira dividendos do alcance politico da sua gestão, vide o bom desempenho do atual presidente, RicardoAyache, na vaga do senado. De ilustre desconhecido, o médico já começa alçar vôos maiores, em foco a Prefeitura de Campo Grande

Depois tem mais, novidades, aguardem.





sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Fundador da Rede Sustentabilidade declara voto em Dilma

Fundador da Rede Sustentabilidade declara voto em Dilma


Fundador da Rede Sustentabilidade declara voto em Dilma<b> </b>O auditor fiscal da Receita Charles Alcântara participa da Rede Sustentabilidade desde as discussões iniciais que resultaram na sua criação. Também foi um dos seus coordenadores nacionais e trabalhou firme na coleta de assinaturas para viabilizar o registro eleitoral, o que acabou não acontecendo. Esta semana, porém, decidiu retirar seu apoio à candidatura de Marina Silva pelo PSB. 


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Segundo ele, a adesão da presidenciável ao neoliberalismo não coaduna com os princípios da nova política que o levaram a apoiá-la.

Em entrevista à Carta Maior, ele declara que irá votar na presidenta Dilma Rousseff, candidata pelo PT à reeleição. “O governo da Dilma também cede ao receituário neoliberal. A diferença é que a Dilma não cede a isso porque acredita na receita, mas porque não há força suficiente na sociedade para enfrentar, para subverter este sistema. Isso é diferente de aderir a ele com a convicção de que é o melhor caminho, como a Marina vem dando demonstrações explícitas e efetivas que o fez. (...) Isso significa que Marina vai apertar ainda mais, com mais arrojo salarial e juros mais alto”, afirma.

Confira a íntegra da entrevista:
Carta Maior - Apesar de ser um dos fundadores da Rede Sustentabilidade e ter assumido a coordenação nacional do pretenso partido, você retirou seu apoio à candidatura de Marina. Por quê?
Charles Alcântara - Até por dever de ofício, já que sou auditor da Receita, é muito caro para mim saber como são alocados os recursos provenientes da sociedade através dos impostos. Então, o fundamento da minha crítica à Marina é justamente o fato dela ter aderido a essa lógica neoliberal de perseguir um conceito de “estabilidade” a um custo social muito alto. A Marina converteu-se a esse pensamento e isso está muito evidente. Eu não sei se essa conversação vem de mais tempo e eu não tinha percebido, mas muito recentemente ela fez declarações muito definitivas sobre a linha econômica que vai seguir, e isso para mim foi fundamental.

Existe um consenso na sociedade de que diminuir gasto público é um crime. E eu não concordo com essa lógica. Não estou falando de gastos com educação e saúde, lógico. Mas concordaria em reduzir o gasto com a dívida pública, por exemplo, que é sagrado, intocado. É o maior gasto do país e o maior responsável pela desigualdade social. Mas, em nome do famigerado superávit primário, quase um deus para os neoliberais, se tira recurso das áreas primárias para saldar a dívida pública. E quando a Marina se propõe a fazer isso e ainda critica a Dilma por desarrochar a política econômica, significa que ela irá apertar ainda mais, com mais arrocho salarial, jutos mais altos e etc.

Então, ela precisa pelo menos dizer para a sociedade, para quem ela está pedindo apoio e voto, que há um custo alto desta medida. E não fazer como o Aécio, que diz que não se furtaria a tomar medidas amargas, mas, quando perguntado, não responde quais medidas são essas. Quem está pedindo o voto das pessoas precisa ser honesto com elas. Precisa dizer que medidas amargas são estas. E, principalmente, amargas para quem. A Marina não fala em medidas amargas, mas o discurso é o mesmo do Aécio: apertar no tripé, institucionalizar a autonomia do Banco Central. Isso, definitivamente, me impede de continuar com ela.

CM – Na Rede sustentabilidade, vocês chegaram discutir que modelo econômico apoiar?
CA - Sou fundador da Rede, participei inclusive das discussões que levaram a sua criação, compus a primeira coordenação nacional e fui porta-voz da Rede no Pará. Mas as discussões a este respeito foram muito embrionárias, porque estávamos muito focados em conseguir as assinaturas para ter o registro da rede. Não chegamos ao ponto de discutir programa da Rede, porque sequer tínhamos um partido. O que discutimos foram princípios estatutários da Rede, princípios para a antecipação de uma eventual reforma política. Havia indícios de discussão programática, e eu já me posicionava internamente, desde aquela época, contra qualquer inclinação da Rede de sustentar as formulas neoliberais. Eu tensionei internamente, inclusive com documentos, já propondo desde aquela época um seminário da Rede sobre programa econômico. Tudo bem levarem o Eduardo Gianette e o André Lara Rezende [economistas identificados com o receituário neoliberal tucano], mas eu queria que levassem também economistas de outras escolas. Porque não dá para discutir apenas com o “pensamento único”. Acontece que, quando houve o indeferimento da Rede em outubro e, logo em seguida, a decisão de aliança com o PSB, eu divergi e me afastei da coordenação da Rede. Então, eu não tenho elementos para dizer como se deu o debate interno entre Rede e PSB.

CM - Por que você divergiu da decisão da Rede de se aliar com o PSB?
CA - Eu achei que a Marina deveria manter-se sem partido, que isso tinha mais coerência com a nova política. Tudo bem, ela não seria candidata, mas não se faz política só seno candidato. Você faz política emitindo sua opinião. A Marina poderia exercer um papel político importante no cenário nacional, ela é uma liderança nacional, mesmo não disputando a eleição e até mesmo denunciando a forma como a Rede foi indeferida por um excesso de preciosismo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na minha avaliação, o PSB não representa a nova política. No Pará, por exemplo, é um partido familiar, que passa de pai para filho. Eu não tinha a menor condição de acompanhá-la no PSB. Até porque eu não iria me reconhecer naquele partido. Então, eu divergi e me afastei. Mas sem fazer alarde, sem fazer um debate público. Mas, apesar disso, eu estava inclinado a apoiá-la. Acontece que tem coisas da velha política de que não abro mão, como a convicção. Porque pra defender uma candidatura, é preciso acreditar nela. É fundamental que não seja por conveniência, por adesismo, por cálculo político.

CM - Um possível governo Marina pode ser melhor para a maioria do povo brasileiro do que um segundo mandato de Dilma?
CA - Eu tenho profundas críticas ao governo Dilma. Mas eu não posso negar que é um governo extremamente includente, que melhorou a vida de milhões de brasileiros que vivam esquecidos pelos governos anteriores. Não que isso seja suficiente para mudar a desigualdade que marca nossa sociedade. O governo da Dilma também cede ao receituário neoliberal. A diferença é que a Dilma não cede a isso porque acredita na receita, mas porque não há força suficiente na sociedade para enfrentar, para subverter este sistema. Isso é diferente de aderir a ele com a convicção de que é o melhor caminho, como a Marina vem dando demonstrações explícitas e efetivas que o fez. Ela critica a Dilma justamente por não ter aderido ao neoliberalismo como ela acha que deveria. Ora bolas, isso quer dizer que Marina vai apertar ainda mais, apesar de não ser honesta o suficiente para admitir isso para a sociedade.

CM - Sua crítica à Marina é fundamentalmente econômica?
CA – Sim. Outra coisa que me tocou profundamente no discurso da Marina foi essa história de que ela vai reunir todas as pessoas de bem na mesma mesa pra discutir o Brasil. Porque, pela primeira vez, a Marina disputa uma eleição com condições de ganhá-la. É isso é diferente da eleição passada, quando ela estava em terceiro lugar. Ela está mais exposta, sujeita a mais questionamentos, sendo submetida a uma bateria de questões que não foram perguntadas antes. E não dá para unir todas as pessoas de bem no mesmo projeto. Não me parece uma coisa de quem está, de fato, sintonizada com nossa realidade social e política. Não há como governar sequer um condomínio sem contrariar interesses. Imagina um país complexo, com uma série de conflitos e tensões. Não tem jeito. Os interesses dos banqueiros não são convergentes com os interesses de quem está atravessando dificuldades, de quem precisa de saúde pública, de quem carece de mais qualidade na educação. Não tem como. É uma coisa ecumênica demais para mim. E não é a religião que vai governar o país. Se eleita, ela vai ter que governar com o Sarney [ex-presidente do PMDB], com o Renan [Calheiros, presidente do Senado, também do PMDB]. Ou ela acha que não vai? Ela já está com Heráclito e Bornhausen, dois legítimos representantes da velha política. E vai ter que ceder cada vez mais. Aliás, já cedeu para o Malafaia [o pastor que preside a Assembleia de Deus], e nem governa ainda.

CM - Sua posição teve impacto entre seus companheiros da Rede? Já recebeu manifestações favoráveis ou contrárias?
CA - Eu até me surpreendi. Não sou uma figura pública, embora seja conhecido da militância pelos espaços públicos que ocupei no governo Ana Júlia [ele foi secretário da Casa Civil da governadora do PT no Pará] e como sindicalista da área do Fisco [foi presidente do Sindfisco Pará e hoje é diretor da Fenafisco]. Eu publiquei um texto no meu Facebook para justificar minha posição, e fiquei muito surpreso com a repercussão disso entre muitos companheiros e jornalistas. Recebi as manifestações de muitos militantes intermediários da Rede, digamos assim.

Alguns discordaram de mim, mas uma parte concordou comigo e já está desembarcado. Eu não tive a pretensão de convencer ninguém. Não convoquei ninguém pra discutir posição coletiva. Foi uma posição solitária em um espaço meu. Quem quiser concordar, concorde. Quem quiser discordar, discorde. Quem quiser me atacar, me ataque. Tudo isso faz parte. Mas várias pessoas estão concordando comigo.

CM - A Marina vinha afirmando que permaneceria no PSB somente até a Rede conseguir o registro eleitoral. Essa semana, porém, ela voltou atrás e disse, na sabatina do G1 que, se eleita, vai ficar no PSB até o final do mandato. Como você vê o futuro da Rede sem sua principal líder?
CA - Eu não sabia disso, mas prefiro não opinar sobre o futuro da Rede, porque ainda está tudo muito confuso. Agora, o mais importante é nos concentrarmos nas eleições, é percebermos que, a grosso modo, tem dois projetos disputando o país: um genuinamente neoliberal, que é o de Marina e o de Aécio, e um outro que conflita com o modelo neoliberal, que é do da Dilma. Um projeto que também está amarrado com o neoliberalismo, porque é isso o que quer nossa sociedade, mas que tenciona com ele. Ao mesmo tempo que adere, também nega. Então, tem uma relação conflituosa com ele.

CM - Você vai votar na Dilma?
CA – Então, o próximo passo é decidir... Aliás, eu vou sim. E te digo isso em primeira mão. Eu saí do PT em 2010, mas uma das coisas mais lamentáveis que considero na nossa sociedade é este sentimento antipetista. Uma coisa tão absurda, doentia. Eu não sou antipetista, mas ex-petista. Não tenho nenhuma relação de mágoa ou ressentimento com o partido. Pelo contrário. Minhas divergências com o PT se deram no campo político. Eu deixei no partido muitos amigos, pessoas admiráveis que eu respeito e que eu sei que querem construir um país melhor, um mundo melhor. Então, eu não tenho nenhum constrangimento em declarar meu voto à Dilma. Ao contrário, eu ficaria constrangido de continuar com Marina nessas condições. Eu ficaria envergonhado de continuar com ela sem acreditar, embora respeite sua pessoa.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Campanha do Plebiscito pela Reforma Eleitoral aberta oficialmente em Campo Grande

Em Mato Grosso do Sul, a Semana do Plebiscito  foi aberto na sede da OAB/MS,  com posse da Comissão de Defesa da República e Democracia, às 9 horas com ato publico e entrevista coletiva com a presença de entidades e movimentos que coordenam a Campanha pela Reforma do Sistema Político no Estado.

72 Municípios de Mato Grosso do Sul já confirmaram a realização da Campanha na Semana Nacional. Cerca de 400 Urnas serão espalhadas por diversos pontos das cidades e zona rural (confirmados cerca de 70 urnas em assentamentos e acampamentos). Haverá também urnas volantes em diversos pontos da cidade.

Em Campo Grande a Campanha de coleta de votos e assinaturas vai estar presente em cerca de 150 Escolas (Municipais e Estaduais) e dezenas de Paróquias e Comunidades Católicas, Bairros, porta de Fábricas, Bancos, e sede de entidades Sindicais de trabalhadores, Bancários, Psicólogos, Eletricitários, Previdenciários, Telefônicos, Construção Civil, etc.

Para votar, é necessário a apresentação de um documento oficial com foto, como RG, Carteira Profissional, Passaporte ou CNH (sem isso não poderá votar).

Além dessas duas ações, no dia 07 de setembro  os Movimentos Sociais e entidades da Sociedade Civil realizarão o 20° Grito dos Excluídos,  que este  ano traz o tema  “Ocupar Ruas e Praças por Liberdade e Direitos.
Mais de 400 organizações de todo o país, entre elas OAB, CNBB, UNE, MCCE, CONIC, CONTAG, CNLB, CONFEA, FENAJ, CFF, CFESS, CARITAS, CUT, CTB, CNTE, MST, Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma dos Sistema Politico entre outras sairão às ruas de 01 a 07 de setembro para chamar a atenção do Governo, do Congresso Nacional e de toda a sociedade civil sobre a importância da REFORMA POLÍTICA.  Em Campo Grande mais de 400 urnas estão sendo instaladas nas sedes dos partidos políticos que aderiram a campanha, sindicatos, igrejas, universidades e escolas municipais.

Duas ações serão apresentadas à população. A primeira é o Projeto de Lei de Iniciativa Popular sobre a Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, que tem como proposta o afastamento definitivo do dinheiro de empresas nas eleições, igualdade entre homens e mulheres, eleições proporcionais em dois turnos, participação da sociedade em decisões nacionais importantes e que o seu voto elege apenas o candidato em que você votou.

Para a coleta de assinaturas é preciso apresentar o título de eleitor.

A segunda ação refere-se ao Plebiscito Popular, votação onde a população brasileira dirá se é a favor ou não de uma Constituinte Exclusiva e Soberana para reformar o sistema político brasileiro.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Filme patrocinado pelo FIC reforça preconceitos da elite agrária de MS

Por Priscila Anzoategui

19 de ago (Há 2 dias)



Primeiro queria parabenizar quem foi ao Marco ontem. A gente já esperava que o filmeMatem ...os outros",   do diretor Reynaldo Paes de Barros seria preconceituoso, mas fomos surpreendidos, era bem pior do que o nosso pressentimento.
Mais importante ainda foi a nossa manifestação depois da exibição do filme, o diretor não esperava, achava que no MS só havia a elite fundiária que iria apludir a obra de arte dele.
Ontem fiquei até ás 03 horas da manhã escrevendo aquela matéria que saiu no site do CTV, depois mandei para os meus amigos jornalistas, e conseguimos que fosse veiculada em sites da mídia alternativa: A Nova Democracia, Combate Racismo Ambiental, e por sorte, o Campo Grande News tb divulgou, metendo o pau no diretor.
 Ao mesmo tempo que fico puta da vida de saber que aquela merda de filme foi financiada com dinheiro público ( minhas horas de trabalho revertidas em impostos servem para bancar essa aberração cinematográfica), fico feliz em poder lutar e ter espaço para contradizer as mentiras que o diretor propaga no filme.
E mais feliz por ter camaradas como vocês ao meu lado !
Isso só fortalece a nossa luta !
Espero que domingo, dia 24 de agosto, possamos confratenizar na Casa da Regina, e além disso, plantar as 200 mudas, que é tb um ato político, um ato que bate de frente com o AGRONEGÓCIO !
Essa semana (já comecei a pesquisar), eu e o Rogério vamos escrever uma Representação criminal contra o diretor, denunciando o teor do filme, por ser racista e injurioso ! Vamos protocolar no Ministério Público Federal.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Taxa de desemprego em relativa estabilidade, avalia DIESEE



Em junho, as informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) mostram que o total de desempregados, no conjunto das seis regiões metropolitanas onde a pesquisa é realizada (Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo), foi estimado em 2.253 mil pessoas, 14 mil a menos do que no mês anterior.

A taxa de desemprego total manteve-se relativamente estável, passando de 10,9%, em maio, para os atuais 10,8%. O total de ocupados foi estimado em 18.582 mil pessoas e a População Economicamente Ativa (PEA) em 20.835 mil. A taxa de desemprego total diminuiu em Porto Alegre e Belo Horizonte, aumentou em Salvador e permanecer relativamente estável em Fortaleza, Recife e São Paulo.

O nível de ocupação aumentou no setor de Serviços, com a criação de 34 mil postos de trabalho, e na Indústria de Transformação, com 29 mil. A retraça foi identificada no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas, que eliminou 41 mil postos de trabalho. O setor da Construção não variou.

O número de assalariados aumentou em 0,4%. No setor privado, ampliou-se o assalariamento com carteira de trabalho assinada (0,4%) e ficou estável o sem carteira assinada. O contingente de autônomos aumentou 0,7%. As ocupações classificadas nas demais posições reduziram -2,8% e o emprego doméstico -0,3%.

Em maio, o rendimento médio dos ocupados diminuiu -0,9% e dos assalariados -1,2%, passando a equivaler a R$ 1.725 e R$ 1.728, respectivamente.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Torturadores do regime militar utilizam ratos em estupros de militantes de esquerda

Relatório final terá capítulo específico para descrever ações
As investigações da Comissão Nacional da Verdade (CNV), sobre os métodos de tortura durante o regime militar,  apontam que além de usarem pedaços de madeira e choques elétricos, os torturadores chegaram a usar animais vivos para obter informações de militantes de esquerda. Os métodos de tortura mapeados nos últimos meses chocaram os membros da comissão. Pelas informações coletadas até o momento, animais como cobras, ratos e jacarés teriam sido utilizados nas casas da morte entre outros locais de tortura no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo.
Nesta semana, por exemplo, o ex-delegado do DOPS (Departamento de Ordem Político Social) do Espírito Santo Cláudio Guerra confirmou aos membros da comissão que, nas sessões de tortura testemunhadas por ele, jiboias foram usadas para torturar militantes de esquerda. Segundo Guerra, animais foram utilizados na 2ª Seção da Polícia Militar no Espírito Santo e no 38º Batalhão de Infantaria do Exército. “Acho a tortura uma covardia”, disse a membros da comissão. Guerra é autor de depoimentos tomados pelos jornalistas Rogério Medeiros e Marcelo Netto que deram origem ao livro "Memórias de uma Guerra Suja" (Topbooks). A publicação trouxe várias revelações sobre o regime militar até então desconhecidas. A obra foi revelada com exclusividade pelo iG, em maio de 2012.
Alguns relatos apontam o uso de ratos em sessões de tortura em Minas Gerais. Jiboias também teriam sido usadas em São Paulo e Rio. Durante as investigações, os membros da CNV obtiveram informações de que jacarés eram colocados em frente a presos políticos para que mordessem os militantes que não colaborassem. Ainda não existem informações concretas sobre os locais de tortura onde os jacarés foram usados. Já os ratos e as jiboias eram adotados principalmente para intimidar as mulheres. Pelas informações obtidas pela CNV, existem relatos de torturadores que introduziam ratos vivos nos órgãos genitais das presas políticas.
Internamente, os membros da comissão classificam esses métodos de tortura como de “crueldade extrema”. Normalmente, o uso de animais vinha aliado à aplicação de choques elétricos e espancamentos com pedaços de madeira. No caso das mulheres, ainda havia o estupro (algumas vezes coletivo) das vítimas.
Desde o mês de junho, a Comissão da Verdade intensificou a tomada de depoimentos para complementar a elaboração do relatório final do órgão, que já está sendo redigido paralelamente às informações que vêm sendo prestadas por colaboradores. De acordo com o coordenador da CNV, Pedro Dallari, a expectativa é de que pelo menos outros 100 depoimentos sejam tomados até setembro.
Além de obter informações sobre o desaparecimento de presos políticos, os membros da CNV querem, nos próximos depoimentos, obter mais informações sobre os métodos de tortura utilizados nas casas da morte, inclusive o uso de animais nessas sessões.
Dentro dessa lista de depoimentos, a comissão também já estuda a possibilidade de chamar novamente para depor o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, comandante do Destacamento de Operações de Informações-Centro de Operações de Defesa Interna do 2º Exército em São Paulo (DOI-Codi/SP), entre 1970 e 1974. No seu primeiro depoimento à comissão, em maio do ano passado, Ustra negou-se a responder a várias perguntas, mas, conforme membros do órgão, deu indícios de participação em alguns desaparecimentos de presos políticos.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Comitê Estadual em Defesa do plebiscito pela Reforma Eleioral organiza sarau e cursos do mil

Comitê Estadual em Defesa do plebiscito pela Reforma Eleitoral organiza sarau e cursos do mil

O  Comitê Estadual em Defesa do Plebiscito Constituinte pela Reforma Eleitoral organiza neste sábado e domingo (26 e 27/07), na sede da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS), o  Curso Estadual de Formação, apelidado de “Curso das Mil Pessoas”, com objetivo  de organizar  a consultar nacional  em setembro
 O credenciamento e abertura está marcado para o dia 26 de julho, sábado, às 8h. Seguindo o período de formação para até às 18h. Realizaremos uma atividade cultural, Sarau da Constituinte, às 20h. No domingo iniciaremos às 8h se estendendo até o meio-dia com o almoço. As refeições serão servidas no local do Curso.

Nesta sexta-feira, acontecerá também  o Sarau da Constituinte a partir das 20h, na sede do TGR – Teatral Grupo de Risco, na Rua José Antônio, 2170 – Jardim Brasil. É uma agenda livre, com “Palco Aberto”, portanto,  aberto à participação de todos os presentes: músicas, poesias, contos  Estão confirmadas a apresentação da peça “Guardiões” do TGR – Teatral Grupo de Risco e a participação especial dos músicos Zé Pretim Bluesmen, Ju Souc e Rodrigo Teixeira. “Guardiões” do TGR – Teatral Grupo de Risco é uma peça construída coletivamente, por meio de um trabalho de estudos e pesquisas sobre o pantanal sul-mato-grossense, o impacto e consequências da ocupação humana tanto no ecossistema, quanto nas relações sócio culturais.

Assessoria do curso
A assessoria de nosso Curso será feita por Lucas Barbosa Pelissari de São Paulo. Lucas é militante do Levante Popular da Juventude, atua como professor em escolas de educação básica e superior, mestre em Educação pela UFPR – Universidade Federal do Paraná e doutorando em Políticas Públicas pela UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Atualmente Lucas é membro da Secretaria Operativa Nacional do Plebiscito Popular.
Inscrições
As inscrições são gratuitas e continuam abertas até o início do Curso. Para os/as que desejam fazer sua inscrição com antecedência é só preencher o formulário anexo e enviar para a Secretaria Operativa Estadual no seguinte endereço: CUT-MS – Central Única dos Trabalhadores de MS | Travessa Coronel Edgard Gomes, 49 - CEP 79002-339 - Campo Grande-MS. E/ou para o e-mail plebiscitoconstituintems@gmail.com ou mesmo preenchendo a ficha diretamente no link http://goo.gl/wOxyqO .
Local
O Curso será realizado em Campo Grande, na sede da Fetems – Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul, localizado na rua 26 de Agosto, 2296, Bairro Amambaí.
Programação
A programação detalhada do nosso Curso está definida da seguinte forma:
Sábado
8h – Credenciamento/Café;
9h – Mística de Abertura;
9h30 – Análise de Conjuntura;
11h30 – Almoço;
14h – Retorno dos trabalhos;
14h30 – Trabalho de grupos;
17h – Plenária;
18h – Jantar;
20h – Sarau da Constituinte

Domingo
8h – Café;
9h – Organização da votação;
10h30 – Plenária;
11h – Mística de encerramento;
11h30 – Almoço;


Kit Militante
É importante que todos/as tragam muita alegria, disposição e entusiasmo para o Curso. Solicitamos também que cada pessoa, principalmente que vem do interior, prepare o seu Kit Militante, contendo roupa de cama e banho, colchão, produtos de higiene pessoal, caneca, pratos e talheres, bandeira do movimento do qual participa, material de uso pessoal e para anotações, pendrive, etc... (casacos e cobertores serão bem vindos, pois o clima em Campo Grande está instável!). Estamos providenciando alojamento para os/as cursistas que vem do interior e necessitam de local para pousar. Porém é importante que nos informem da necessidade no ato da inscrição.

Inscrições
As inscrições são gratuitas e continuam abertas até o início do Curso. Para os/as que desejam fazer sua inscrição com antecedência é só preencher o formulário anexo e enviar para a Secretaria Operativa Estadual no seguinte endereço: CUT-MS – Central Única dos Trabalhadores de MS | Travessa Coronel Edgard Gomes, 49 - CEP 79002-339 - Campo Grande-MS. E/ou para o e-mail plebiscitoconstituintems@gmail.com ou mesmo preenchendo a ficha diretamente no link http://goo.gl/wOxyqO .

Agenda

•         Dias 26 e 27 de Julho, Curso das Mil, na sede da Fetems em Campo Grande;

•         Dia 26 de Julho, às 20h, Sarau da Constituinte, na sede do TGR em Campo Grande;

•         Dia 30 de Julho, Reunião do Comitê Estadual, às 17h na sede da CUT-MS em Campo Grande;

•         Dia 1º de Agosto, Tarde de Formação em Assentamento de Ponta Porã;

•         Dias 9 e 10 de Agosto, Plenária Nacional de Organização e Trabalho do Plebiscito Constituinte em São Paulo;

•         Dia 12 de Agosto, Dia Nacional de Luta pela Reforma do Sistema Político em todo o Brasil;

Assessoria de Imprensa do Comitê – Contato Walker 67 9235 6532

terça-feira, 20 de maio de 2014

PT CG realiza II Plenária do Plano de Governo nas Moreninhas

O PT realizou nesta segunda-feira (18), a III plenária de discussão do Programa de Governo do pré-candidato do PT, senador Delcídio do Amaral.  O evento lotou as dependências da Associação dos Moradores do Bairro Moreninhas. 
Participaram do debate, o vereador e pré-candidato a deputado federal Zeca do PT, o pré-candidato ao senado, o médico Ricardo Ayache, a vereadora Thais Helena, o presidente do PT de Campo Grande, Gildo de Oliveira, os deputados estaduais Cabo Almi e Laerte Tetila, os pré-candidatos Kju e Jari Castro e o coordenador do programa de governo, Marcus Garcia, além de líderes comunitários e presidente de associações de moradores das Moreninhas, um dos maiores bairros da capital.
Na oportunidade, Zeca fez um balanço das realizações do seu Governo em Mato Grosso do Sul e apontou os avanços do Governo Dilma. 
Gildo apontou a importância de ouvir a comunidade na elaboração do Plano de Governo, garantido a participação popular na formulação das políticas públicas do novo Governo petista. Lembrou que a população não aguenta mais a truculência e o autorismo dos governos do PMDB.
Além disso, podemos constatar que realmente houve a participação dos moradores, pois muitos deles se pronunciaram e deram opinião a respeito do que é necessário fazer para melhorar a qualidade de vida de todos.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Plenária para a formulação de propostas de plano de Governo acontece nesse sábado

Depois da realização da da Plenária Estadual  no 12.04.2014 no Hotel Jandaia. Dando continuidade aos trabalhos, estaremos realizando nova Plenária para a construção do Programa de Governo do PT na área ambiental.
Será no dia 09.05.2014, às 16:00 horas. Local: PLENARINHO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE. Até lá, estaremos recebendo as propostas para o Programa de Governo, através do e-mail: giselle_marques@hotmail.com
De acordo com a advogada Giselle Marques é muito importante o envio antecipado das propostas, a fim de otimizar os trabalhos. Contamos com sua colaboração e apoio.
Por um MS sustentável!!

Giselle Marques
Membro do Setorial Nacional do Meio Ambiente do PT

terça-feira, 1 de abril de 2014

50 Anos do Golpe Militar é marcado por manifestações na capital sul-matogrossense



As manifestações contra os 50 anos do Golpe Militar não passaram em branco em Campo Grande. Nesta terça-feira militantes ligados a UJS (União da Juventude Socialista) fizeram um Gritaço, com faixas de papéis e velas acesas em frente da residência do tenente Duarte, da reserva do Exército, localizada na Rua Jaime Ferreira de Vasconcelos. O ato por pouco não acaba em tragédia, pois o militar sacou a arma e deu dois tiros para cima, na tentativa de dispersar o grupo.
Na segunda-feira (31.11) data de aniversário da deposição do presidente eleito João Goulart (Jango), militantes ligados as entidades dos movimentos populares, sindicais, movimentos negros, sem terras e indígenas estiveram reunidos na sede Fetems homenageando lideranças perseguidas e torturadas pelo Regime Militar, entre elas o fundador do PT no MS, Ezequiel Ferreira Lima (in-memorian) representado pela filha, professora Zenite e o publicitário Felix Nunes, editor do jornal Aroeira e militante sindical no ABC Paulista em companhia do ex-presidente Lula.
A Noite o Ato Público contra o Golpe na Praça da República reuniu mais de 1.500 pessoas que protestaram contra a Ditadura e contra a deposição do ex-prefeito Alcides Bernal pela Câmara de Vereadores de Campo Grande. 
Na sexta-feira a direção estadual do PT promoveu o  ato 1964  Nunca Mais,  na Câmara de Vereadores de Campo Grande, reunindo os dirigentes  com o pesquisador Eronildo Barbosa da Silva - Doutor em Educação e Professor da UFMS, o militante dos direitos humanos, Lairson Ruy Palermo - Advogado e Coordenador do Comitê Memória, Verdade e Justiça e do ex-vice-governador, Egon Krachecke, ativista político torturado pelo regime e exonerado do serviço público por perseguição política.
A novidade no entanto foram iniciativas de cidadãos ou grupos ligados a juventude que estiveram nos jornadas de junho 2013 adesivando ruas importantes das cidades, rebatizadas com nomes de ativistas executados pelo regime militar. A Avenida Costa e Silva recebeu o adesivo o estudante Edson Luiz, morto em uma manifestação contra o Golpe no Rio de Janeiro. A avenida Ernesto Geisel (Norte Sul) ficou o nome do líder indígena assinado Marçal de Souza e a Avenida Castelo Branco recebeu o adesivo do Jornalista Wladimir Herzog, torturado e morte  por agentes do DOI-CODI numa delegacia de polícia de São Paulo.
Na plenária foi tirada como tarefa para o fortalecimento da democracia a coleta de mais de  100 mil assinaturas no Estado ao projeto de realização da constituinte independente e soberana para realização do plebiscito da reforma eleitoral. As entidade avaliam que o atual sistema de representação está profunda crise, necessitando de mudanças que acabe o financiamento privado nas campanhas eleitorais, o fim do personalismo eleitoral, com a votação em partidos e listas de candidatos e incrementação de sistemas de consultas diretas aos eleitores em matérias polêmicas e que não tramitam na Câmara por interesses corporativos: reforma eleitoral, reforma tributária, tributação das grandes fortunas, imposto progressivo e redução da carga tributária.

domingo, 16 de março de 2014

Alcides Bernal: vítima da própria soberba

Como jornalista e militante político acompanhei nos bastidores a carreira, ascenção e queda de Alcides Bernal na conquista da Prefeitura de Campo Grande. Inclusive colaborei na construção de seu projeto, trabalhando com assessor de imprensa ate três dias antes de se desicompatalizar para disputar o cargo. Depois disso cada um seguiu seu rumo.
Acredito que se tivesse considerado algumas recomendações presentes no Livro "O Príncipe", de Maquiavel, bíblia da sociologia política, não teria cometido uma sucessão de equívocos dosadas por uma personalidade complexa, com fortes traços de desconfiança e de soberba.
Maquiável recomenda que o Rei deve primeiro fortalecer seu exército, ser generoso e não menosprezar os adversários.
A última eleição para Governador já havia indicado um certo desgaste da atual administração peemedebista no Estado, quando saindo do ostracismo, o atual vereador Zeca do PT, conseguiu obter cerca de 43% dos votos válidos.
 Nesta eleição enfrentou duas máquinas poderossíma: o Estado e Prefeitura de Campo Grande. Mais uma candidatura competitiva poderia ter levado o pleito para o segundo turno  e mudar o rumo do comando do Palácio de Poderes.
O saldo eleitoral apontou a tendência do eleitorado de Campo Grande por mudança. Neste vácuo surgiu o nome de Alcides Bernal, deputado estadual mais votado da coligação encabeçada por Zeca do PT e que capitalizou eleitoralmente a incapacidade da então direção do PT e de suas lideranças de apresentar uma candidatura nova para prefeitura de Campo Grande, capaz de seduzir o eleitorado, mesmo diante de o desgaste enfrentado nacionalmente pela legenda no caso "Mensalão".
A turbulência no projeto de Bernal iniciou quando começou a disputar o comando do PP com outras lideranças mais antigas da legenda, Luiz Pedro e Paulo Mattos, por ironia, os algozes que protocolaram o pedido de instalação da CPI processante.
Os equívocos continuaram quando isolou politicamente   o ex-chefe de gabinete, César Afonso, depondo-o da presidência do PP de Campo Grande e seu ex-assessor jurídico, o advogado,  Rubens Cleyton, preteridos do quadro administrativo de confiança. Além disso,  desconsiderou a importância política de Aldo Olarte, isolado, sem gabinete, sem função e que também foi agraciado com os 170 mil votos dados pelos eleitores, inclusive do PT, PSDB e independentes.  
No jogo de xadrez poderia ter dado o check mate nomeando-o com Secretário de Governo e que poderia abrir um bloco político dentro da Câmara a partir das articulações dos ex-vereador que conhecia muito bem os seus pares, "negócios", interesses políticos e pessoais. 
Nesta trajetória de ego e alter rego a situação de Bernal ficou mais grave em razão da dificuldade de trabalhar em equipe, estruturar uma equipe competente já na fase de transição, capaz de elaborar cenários, o plano B e as prioridades em todas as áreas da administração, desmontando por dentro, a médio prazo, os vícios seculares herdados da ex-administração.
Tudo isso, aliado a capacidade de estruturar uma nova forma de governar com os setores organizados da sociedade e a comunidade, como o orçamento participativo, capaz de aumentar a pressão popular sobre o legislativo municipal e fazer a fórceps construir uma maioria.
A desconfiança nos pares e aliados, somada a demora nas decisões de governar, generosamente, inviabilizou a construção de um bloco majoritário, pois com 10 vereadores inviabilizaria a CPI processante. O bloco chegou a nove e caiu para 6, diante da demora no cumprimento dos acordos costurados pelo líder de governo na Câmara, Marcos Alex e do secretário de Governo, Pedro Chaves. A situação leva a deduzir que Bernal não acreditava na votação ou jogou todo o peso na via judicial, em que foi derrotado em última instância.
No meio da cova de leões, sem maioria, Bernal nao poderia, em momento algum vacilar no campo administrativo, com erros sucessivos como a redução  dos índices do duodécimo e questionamento de contrato de serviços essenciais sem alternativas inteligentes.
Bernal não tinha dimensões da rede de interesses que estava mexendo, fato que o obrigava a costurar o campo popular e uma maioria na Câmara, sem falar na renovação do quadro de confiança ligadas a ex-administração. Entrou em campo e trocou os jogadores, quando muitos o técnico. Ficou então cercado de adversários, dentro e fora das secretarias.
A conquista do executivo, em hipótese alguma, é a conquista do poder, mais de uma fração do poder. A vontade do Rei nem sempre é imperativa. 
Fica aos súditos fiéis a revolta dos eleitores que depositaram em Bernal a esperança de renovação. Resta saber como o sentimento do eleitorado vai ser traduzido nas eleições deste ano, pois uma ação corresponde uma reação.
Fica o Olarte o desafio de Governar tendo em mente a construção de uma raia própria, capaz de não se tornar refém das velhas raposas políticas e de pavimentar seu projeto de reeleição, em meio a outros interessados, sem perder o apoio de parte da bancada federal e as valorosas cifras dos recursos da União.
Neste cenário, a sociedade deve ficar atenta para que as ondas de deposição do ex-presidente paraguaio, Fernando Lugo, não se torne lugar comum nos legislativos sul-mato-grossense ou brasileiro. 
Aqui passamos por uma versão paraguaia que acende o sinal vermelho dos limites da democracia representantiva e o jogo de interesses não confessados pela mídia. 
  


segunda-feira, 10 de março de 2014

Dom Dimas pede engajamento de católicos no combate ao tráfico humano



O arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas, pediu o engajamento dos cristãos no combate ao tráfico humano. O apelo aconteceu no último domingo, no ginásio poliesportivo Dom Bosco, na abertura oficial da campanha da fraternidade, tema  “Fraternidade e Tráfico Humano” e o lema “Para Liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5,1)”. Participaram do evento mais de duas mil pessoas.  
O arcebispo  focou parte da homilia  falando sobre a tentação dos 40 dias que Cristo passou no deserto, fazendo alusão a cobiça, a inveja e ganância. Teceu críticas a fé individualista em que os ensinamentos de Cristo são moldados às necessidades próprias de cada um, perdendo sua dimensão social.  Por isso reafirmou o compromisso de todos os católicos com a fraternidade, a solidariedade humana e partilha, onde destacou a multiplicação dos pães e dos peixes como exemplo.
Dom Dimas disse que recebeu diversos questionamentos sobre  tema escolhido, mas é o papel da igreja católica é despertar os cristãos para realidade que não existe apenas em novela, mas está presente no recrutamento de trabalhadores, mulheres e até mesmo tráfico de órgãos.  Pediu receptividade e acolhida para migrantes e imigrantes, lembrando que no Brasil o tráfico humano esta presente por meio da migração de mão-de-obra de um lugar para outro. Citou com exemplo a situação dos nordestinos nos canaviais de São Paulo.
O evangelizador também destacou o papel pioneiro da Campanha Fraternidade criada há mais de 40 anos pela Igreja Católica no Brasil, uma das poucas experiências no mundo e em fase de implantação na Alemanha e em alguns países do mundo..

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Atraso na entrega do passe revolta estudantes que realizam debate hoje na UFMS


Estudantes avaliam os prejuízos e prometem mobilização e ação judicial para ressarcimento dos valores gastos com o passe até a entrega

Apesar do passe livre do estudante ser estabelecido em lei municipal, os estudantes da Universidade Federal não receberam até agora os cartões e estão tendo que arcar com os custos do transporte coletivo, apesar da garantia legal. O mesmo vem acontecendo com os alunos do ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino e da Rede Estadual do Ensino, caracterizando um descaso das empresas de ônibus e da Agetran no cumprimento de um direito conquistado há mais de 20 anos e que não pode mais conviver com a inoperância da gestão pública.
 Segundo os estudantes, tal fato já é corriqueiro em todo o início de todo ano letivo e o argumento é sempre o mesmo: “problemas burocráticos”.
“Estamos cansados dessa história de problemas burocráticos, que todo ano prejudica os estudantes e beneficia as empresas de transporte coletivo, pois nesse período somos obrigados a arcar com os custos, apesar da lei que garante o passe livre. Não aceitamos mais esse argumento. A prefeitura tem tempo nas férias para organizar e tem que ter pessoal suficiente para atender a demanda”, afirma uma das estudantes que auxilia a mobilizar a reunião.
Ação legal e mobilização – Os estudantes prometem organizar uma manifestação e uma ação jurídica para que os estudantes recebam de volta o que estão gastando agora. “Não podemos aceitar. Tem uma lei que precisa ser respeitada. Vamos pedir o ressarcimento do que estamos gastando agora. Queremos o passe retroativo ao começo das aulas porquê isso é garantido em lei. Vamos procurar o Ministério Público e entrar com uma ação junto à Procuradoria dos Interesses Difusos e Coletivos. Os empresários  que operam o transporte coletivo e a prefeitura precisam assumir as suas responsabilidades”, afirma a estudante.
A reunião está marcada para ter início às 18 horas, na Concha Acústica da UFMS. Caso chova, deve ser transferida para o DCE (Diretório Central dos Estudantes).

Com informações do Cedampo.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

30 anos das Diretas Já - Juventude secundarista lidera movimento no MS

Comício das Diretas a Praça da Sé - Arquivo Ig

Os 30 anos das Diretas, comemorada hoje, já devia ser um dia de muita reflexão sobre o valor da Democracia no nosso País. Movimento pacífico, ordeiro e legítimo nascido do berço do novo sindicalismo desatrelado do Estado, das comunidades eclesiais de base, do novo empresariado que clamava por oportunidades e participação de uma nova Economia.
O modelo econômico, desenvolvimentista, dependente do capital internacional e cartesiano  gestado pelo Regime Militar já não mais atendia nem as próprias forças de direita. Precisa ser modernizado. Descontentes, eles se uniram ao campo popular e democrático e teve como desdobramento uma das maiores mobilizações populares pacíficas do País.
Aqui em Campo Grande o movimento das Diretas Já! teve movimento secundarista, no antigo Partido Comunista do Brasil, no MR-8,  PCdoB,  no MDB  de intelectuais, empresários e profissionais liberais e o pequeno, mais aguerrido PT, a força para estruturar e ganhar as ruas.
Ancorado na militância da Juventude Secundarista, reunidas na UCE, partiram as passeatas até as esquinas da 14 de julho com Afonso Pena. Delas surgirem lideranças políticas com Waldir Neves que da esquerda pulou para os braços do PSDB e hoje é Conselheiro do Tribunal de Contas, Alex do PT, Luísa Ribeiro, Pedro Kemp. De tabela abriu caminho para que o governo do Estado saísse dos braços de Pedro Pedrossian e o campo democrático elegesse Wilson Barbosa Martins o novo governador popular de Mato Grosso do Sul e ainda revelasse o atual Governador André Puccinelli, na época considerado progressista.
Empurrados por comícios musicais animados ao som de Coração de Estudante, Bailes da Vida de Milton Nascimento, animados por pratas como o velho e sempre bom grupo Acaba, o sorriso e a alegria eram as marcas da irreverência de milhares de campo-grandenses clamando nas ruas por um nova ordem política e econômica, com o fim do FMI, chanceladas por Delfim Neto e cia.
Parte do Congresso fechou os olhos para o clamor das ruas, como a Emenda Dante de Oliveira, não sendo aprovada. Houve a  recusa dos parlamentares do PT que se negaram a participar do acordão que tiveram à frente José Sarney e Menestrel das Alagoas, Teotônio Vilela, ela abriu o caminho para uma transição de democrática que garantiu mais quatro ano para o Presidente militar João Batista Figueiredo. Foi preciso recuar para avançar.
Mesmo com 30 anos de regime democrático, ainda convivemos com mídia pouca acostumada com ela. A juventude que na época criticava a   Rede Globo pela omissão na cobertura da campanha envelheceu, mas a nova juventude das jornadas de junho de 2013 continua criticando o mesmo modelo de jornalismo manipulador e anti-democrático produzido do País e agora contestado nas ruas e pelas redes sociais.
Depois de 30 anos, as jornadas de junho de 2013, puxada pela ciberjuventude traz novos desafios, agora contestando a velha formula de fazer política e os acordões políticos.  
A exemplo de que aconteceu nas Diretas Já,  o Congresso, cujos representantes foram eleitos pelo voto popular, não deve tapar os ouvidos para os apelos que vieram da rua.
Estamos diante de um novo paradigma e os desdobramentos são imprevisíveis. Os anonymous não aceitam a política do faz de conta, vai passar, vamos empurrar com a barriga, vamos parecer honestos. Eles têm pressa e cobram agora qualidade de vida.  Daí a importância de se fazer uma reforma política e eleitoral profunda, inverter as ordem das políticas públicas e do combate sem trégua a corrupção, apertar o passo na distribuição de renda, inverter a lógica perversa de cobranças de impostos, dentre outras demandas reprimidas. 
Depois  desta trajetória, o País precisa ser passado a limpo e a democracia radicalizada, sob pena de retrocessos nas conquistas obtidas nas ruas, em mobilizações históricas com as Diretas Já e o Impeachment de Collor, hoje senador e aliado do Governo Dilma.
Não podemos e não devemos desencantar nossa juventude.
A democracia é um valor Universal e patrimônio de todos os brasileiros.