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terça-feira, 1 de abril de 2014

50 Anos do Golpe Militar é marcado por manifestações na capital sul-matogrossense



As manifestações contra os 50 anos do Golpe Militar não passaram em branco em Campo Grande. Nesta terça-feira militantes ligados a UJS (União da Juventude Socialista) fizeram um Gritaço, com faixas de papéis e velas acesas em frente da residência do tenente Duarte, da reserva do Exército, localizada na Rua Jaime Ferreira de Vasconcelos. O ato por pouco não acaba em tragédia, pois o militar sacou a arma e deu dois tiros para cima, na tentativa de dispersar o grupo.
Na segunda-feira (31.11) data de aniversário da deposição do presidente eleito João Goulart (Jango), militantes ligados as entidades dos movimentos populares, sindicais, movimentos negros, sem terras e indígenas estiveram reunidos na sede Fetems homenageando lideranças perseguidas e torturadas pelo Regime Militar, entre elas o fundador do PT no MS, Ezequiel Ferreira Lima (in-memorian) representado pela filha, professora Zenite e o publicitário Felix Nunes, editor do jornal Aroeira e militante sindical no ABC Paulista em companhia do ex-presidente Lula.
A Noite o Ato Público contra o Golpe na Praça da República reuniu mais de 1.500 pessoas que protestaram contra a Ditadura e contra a deposição do ex-prefeito Alcides Bernal pela Câmara de Vereadores de Campo Grande. 
Na sexta-feira a direção estadual do PT promoveu o  ato 1964  Nunca Mais,  na Câmara de Vereadores de Campo Grande, reunindo os dirigentes  com o pesquisador Eronildo Barbosa da Silva - Doutor em Educação e Professor da UFMS, o militante dos direitos humanos, Lairson Ruy Palermo - Advogado e Coordenador do Comitê Memória, Verdade e Justiça e do ex-vice-governador, Egon Krachecke, ativista político torturado pelo regime e exonerado do serviço público por perseguição política.
A novidade no entanto foram iniciativas de cidadãos ou grupos ligados a juventude que estiveram nos jornadas de junho 2013 adesivando ruas importantes das cidades, rebatizadas com nomes de ativistas executados pelo regime militar. A Avenida Costa e Silva recebeu o adesivo o estudante Edson Luiz, morto em uma manifestação contra o Golpe no Rio de Janeiro. A avenida Ernesto Geisel (Norte Sul) ficou o nome do líder indígena assinado Marçal de Souza e a Avenida Castelo Branco recebeu o adesivo do Jornalista Wladimir Herzog, torturado e morte  por agentes do DOI-CODI numa delegacia de polícia de São Paulo.
Na plenária foi tirada como tarefa para o fortalecimento da democracia a coleta de mais de  100 mil assinaturas no Estado ao projeto de realização da constituinte independente e soberana para realização do plebiscito da reforma eleitoral. As entidade avaliam que o atual sistema de representação está profunda crise, necessitando de mudanças que acabe o financiamento privado nas campanhas eleitorais, o fim do personalismo eleitoral, com a votação em partidos e listas de candidatos e incrementação de sistemas de consultas diretas aos eleitores em matérias polêmicas e que não tramitam na Câmara por interesses corporativos: reforma eleitoral, reforma tributária, tributação das grandes fortunas, imposto progressivo e redução da carga tributária.