O DIEESE divulga os resultados do primeiro semestre de 2016
do Desempenho dos Bancos. O estudo analisa os números dos bancos do país
durante o período.
O estudo confirma que quem vem pagando o preço pelas altas taxas de juros no
Brasil são os trabalhadores e boa parte do empresariado brasileiro com pouca
condições de competitividade frente aos oligopólios ou monopólios. A apropriação de recursos públicos pelo
sistema financeiro acontece de forma tão gritante, vem quebrando o País que até
o senador Álvaro Dias, pasmem, o ex-tucano e agora integrante do Partido Verde,
entrou com pedido de instalação de uma auditória na dívida pública. Quase 43%
do que a União arrecada vai parar não dos banqueiros, quebrando prefeituras e
diversos Estados.
A crise engorda o saldo das contas de meia dúzia de bancos. De
acordo com DIEESE, apesar do cenário econômico adverso, os cincos maiores
bancos do país fecharam o primeiro semestre deste ano com lucros expressivos.
Os números foram resultado do bom desempenho em seguros, previdência e
capitalização, da elevação das receitas com tarifas e serviços e da queda nas
despesas com empréstimos e repasses propiciada pela valorização do real frente
ao dólar, que barateou os recursos captados pelos bancos no exterior.
A queda nos lucros, em comparação ao 1º semestre de 2015,
foi provocada pelo aumento das provisões para os devedores
duvidosos (PDD) e das despesas
com impostos (Imposto de Renda - IR e
Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido - CSLL). Em 2015, os bancos utilizaram largamente créditos tributários
e com isso seus lucros se elevaram. Como a situação não se repetiu no 1º
semestre de 2016, foi verificada queda no resultado final.
No primeiro semestre, os cinco bancos fecharam um grande
número de postos de trabalho. Em relação ao mesmo período, em 2015, são mais de
13 mil postos fechados.
O levantamento também aborda o encerramento das atividades
do HSBC no Brasil. Se o processo de integração tecnológica for aprovado, os
clientes do HSBC terão acesso às contas no Bradesco a partir de outubro deste
ano. Com isso, a concentração bancária no Brasil aumentará. A participação de
mercado dos cinco maiores bancos que,
atualmente, corresponde a 80% dos ativos totais e 84% da carteira de crédito,
passará a ser de 83% e 86%, respectivamente.
Com informações do DIIEESE
www.diee |