A Lei da quota estabelece a igualdade de oportunidade, secularmente relegada pelas elites econômicas do do País. Foi surpreendido por manisfetação contrária da minha segunda filha, Camila, dizendo que agora teria que abrir mão de sua pretensa vaga, no curso de medicina para alunos com menos conteúdo intelectual. Reclamou que a competividade para alunos de escolas privadas, como ela, aumentaria e o que forçaria a estudar mais e que o Governo Federal deveria, sim, melhorar o ensino infantil, fundamental e médio a o invés de estabelecer facilidades para as camadas mais pobres da sociedade.
Estes sempres foram os principais argumentos para os mais ricos a política de exclusão dentro das instituições federais de ensino, inclusive por isso que não as privatizaram como desejava o Governo Fernando Henrique Cardoso.
A outra filha mais velha, Taíná, questionou lembrando que os melhores alunos da sua turma, por ironia do destino, eram alunos egressos de escolas públicas.
Nos seis anos que frequentei a UFMS sempre acompanhei a inversão de papéis dentro das universidades, os ricos, que tiveram oportunidade de pagar escola particular, fazer cursinho, pagar reforço e cursar línguas chegavam nos eletizados cursos de Medicina, Odontologia e Administração, na época os mais concorridos. Raríssimas as exceções, como tive oportunidade de conhecer.
A quota sempre foi defendida por nós do PT. É a oportunidade de melhorar o ensino público, por fim a autocensura dos alunos que jamais sonhavam com a possibilidade de ingregar uma universidade pública, de qualidade e eram obrigados a se submeter as tentáculos das instituições particulares de ensino ou fazer um curso que não era dos seus sonhos, levando consigo a frustação da carreira.
O desafio continua melhorar o ensino público em todos níveis, do infantil, historicamente relegado, ao fundamental, médio, profissionalizante e superior. Daí a a necessidade de se investir 10% do PIB na Educação Pública, como recentemente aprovou a comissão de Educação na Camara dos Deputados.
Por enquanto, a quota social e racial é uma questão de justiça para um País que historicamente relegou aos filhos dos trabalhadores o papel de mão de obra barata e a fila do exército de reserva no mercado de trabalho oferecido pelos ricos. Justiça seja feita!
14 de agosto de 2012Publicado em: Educação, Juventude, Notícias
A Juventude do Partido dos Trabalhadores manifesta publicamente o seu contentamento pelo PLC 180/08 (Projeto de Lei da Câmara, número 180 do ano de 2008), aprovado no último dia 7 de agosto, que regulamenta o sistema de cotas no ensino superior público.
O projeto traz um sistema que destina no mínimo 50% das vagas nas universidades e institutos públicos federais a estudantes oriundos integralmente do ensino médio público e com baixa renda familiar, estabelecendo ainda o recorte racial de acordo com a proporcionalidade da população negra, indígena e parda em cada estado, de no mínimo 25% das vagas a estes estudantes, de acordo com os dados do último levantamento do IBGE, unindo assim critérios sociais e raciais.
As políticas de ações afirmativas, aprofundadas sob o governo do PT, visam superar as desigualdades históricas as quais uma grande parcela de nossa população, majoritariamente negra, está submetida. A garantia do acesso a bens e serviços públicos, ainda hegemonizados pelas elites, é fundamental para o processo de reparação. É importante lembrar que a escravidão colonial, que estruturou o desenvolvimento do capitalismo do nosso país, sequestrou e escravizou os povos negros, da mesma forma que dominou e oprimiu os povos indígenas, os afastando do exercício pleno da cidadania, não lhes dando qualquer oportunidade de acesso a educação formal, em especial o ingresso ao ensino superior.
O Partido dos Trabalhos tem como um dos seus pilares fundamentais a luta contra o racismo, as opressões e a construção de uma sociedade que alcance a igualdade racial, de gênero e social. Nesse sentido, compreendemos de forma estratégica a implementação emergencial do sistema de cotas na educação brasileira, combinando ações de reparo histórico ao nosso compromisso com a superação das desigualdades.
Seguiremos em luta!
“O filho do pedreiro vai poder virar doutor” – Ex-Presidente Lula
Brasília, 09 de Agosto de 2012.
A Juventude do Partido dos Trabalhadores manifesta publicamente o seu contentamento pelo PLC 180/08 (Projeto de Lei da Câmara, número 180 do ano de 2008), aprovado no último dia 7 de agosto, que regulamenta o sistema de cotas no ensino superior público.
O projeto traz um sistema que destina no mínimo 50% das vagas nas universidades e institutos públicos federais a estudantes oriundos integralmente do ensino médio público e com baixa renda familiar, estabelecendo ainda o recorte racial de acordo com a proporcionalidade da população negra, indígena e parda em cada estado, de no mínimo 25% das vagas a estes estudantes, de acordo com os dados do último levantamento do IBGE, unindo assim critérios sociais e raciais.
As políticas de ações afirmativas, aprofundadas sob o governo do PT, visam superar as desigualdades históricas as quais uma grande parcela de nossa população, majoritariamente negra, está submetida. A garantia do acesso a bens e serviços públicos, ainda hegemonizados pelas elites, é fundamental para o processo de reparação. É importante lembrar que a escravidão colonial, que estruturou o desenvolvimento do capitalismo do nosso país, sequestrou e escravizou os povos negros, da mesma forma que dominou e oprimiu os povos indígenas, os afastando do exercício pleno da cidadania, não lhes dando qualquer oportunidade de acesso a educação formal, em especial o ingresso ao ensino superior.
O Partido dos Trabalhos tem como um dos seus pilares fundamentais a luta contra o racismo, as opressões e a construção de uma sociedade que alcance a igualdade racial, de gênero e social. Nesse sentido, compreendemos de forma estratégica a implementação emergencial do sistema de cotas na educação brasileira, combinando ações de reparo histórico ao nosso compromisso com a superação das desigualdades.
Seguiremos em luta!
“O filho do pedreiro vai poder virar doutor” – Ex-Presidente Lula
Brasília, 09 de Agosto de 2012.