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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Luta guerreiro contra opressão

Luta guerreiro contra opressão
Contra a tirania dos desumanos
Denuncie a ganância hipócrita por lucro
Empunhe seu chocalho.
Na simplicidade, na força da reza,
na tinta vermelha do urucum,
reaja a violência silenciosa que te extermina
Luta guerreiro contra opressão.
Grita por nosso planeta, saturado de lixo,
Dominado por ódio, ganância e mesquinharia
Ore por nós, perdidos, envaidecidos no racionalismo doentio,
Não aceite a opressão territorial do boi e da soja.
Pegue sua terra de volta.
Deixe a florestar renascer
A mata ciliar respirar
O peixe repovoar o rio
Os animais correrem pelos campos.
Semeie alimentos sem veneno,
Rebusque a cura das raízes
Rompa a cerca do isolamento
Não aceite a fé que te amansa
Mas aquela desperta a inquietude,
o inconformismo contra injustiça.
Luta guerreiro contra a opressão.
Grite para que os homens de bem, cristão verdadeiro,
para que abrace sua causa,
veja no rosto infantil do Guarani-Caiuá a
face verdadeira do menino Jesus, oprimido
e clama por libertação. 



terça-feira, 16 de junho de 2015

Em Documento 'Louvado Seja' papa condena degradação ambiental

Encíclica de Francisco vai ter ambiente como tema

Ao falar neste domingo (14) na praça São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco pediu que se renove a atenção sobre a degradação e a recuperação ambiental em cada país e anunciou que sua encíclica terá como tema o ambiente.
No anúncio, feito após o tradicional Ângelus da missa dominical, o papa disse que a encíclica será lançada na próxima quinta-feira (18).
Segundo Francisco, o documento é dirigido a todos, e não apenas aos cristão.
"Essa encíclica é dirigida a todos aqueles que podem receber sua mensagem e crescer em responsabilidade para com a casa comum que Deus nos confiou."
Esta será a primeira encíclica feita totalmente pelo papa Francisco. A anterior ele apenas teve de completar, pois grande parte havia sido escrita por seu antecessor, Bento 16.
O título da encíclica, a primeira dedicada especificamente ao tema do meio ambiente, será "Laudato Si" (Louvado Seja).
A revelação casou expectativas. O jornal britânico "The Guardian" informou que esta é a "carta papal mais aguardade em décadas".
A representante das Nações Unidas nas negociação sobre o clima, Christiana Figueres, afirmou que a encíclica poderá ter um impacto muito grande.
"Ela vai falar sobre o imperativo moral de, no tempo certo, fazer frente às alterações climáticas para proteger os mais vulneráveis", afirmou.
ONU
No sábado (13), o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, esteve no Vaticano para um encontro com o papa Francisco.
A tema do encontro entre as duas instituições globais, que têm um passado discordante --mas que parecem ter encontrado alguns interesses mútuos--, seria a pobreza em todo o mundo.
Mas, em uma conversa informal com o dirigente da ONU e seus conselheiros, o papa mudou o foco da discussão para "ambiente" e destacou que a degradação ambiental é mais profunda nos países mais pobres.
O lançamento da encíclica vai acontecer em um ano com várias reuniões internacionais sobre o tema.
A mais importante será a Conferência sobre Mudança Climática das Nações Unidas, que está programada para ocorrer em dezembro, em Paris, França.
Folha de São Paulo - 15/06

segunda-feira, 16 de março de 2015

Protestos abrem janela para Dilma aprofundar compromissos com sua base social


É salutar para a democracia os protestos de 15 de Março. Agora não dá para agradar gregos e troianos. Em que pese meia dúzia de bandeiras propositivas ficou marcado ódio contra o PT, Lula e Dilma e protesto daqueles que ainda não aceitaram a derrota nas urnas. 
Alimentados pelo cenário verde amarelo da Globo, sonegadora oficial de impostos e há três meses sem anúncio publicitário do Governo, de forma tendenciosa ela assume o comando das mentes de milhões de brasileiros, com o respaldo das rede comunicação concessionada do Estado, cuja as outorgas deviam ser revistas e se arrastam aos de Chumbo. Afinal a mobilização de domingo foi amplamente apoiada pela mídia, por horas e horas de programação, enquanto as manifestações de 13 de março solapas em flashes rápidos e números abaixo do real.
Nos protestos vi muita gente bonita, a maioria branca, cabelos sedosos e com luzes, celulares de última geração, motos acima de 250 cilindradas, veículos camionete e caminhões, boa parte financiados pelo Banco Brasil a juros subsidiados.
A cara do povo sofrido, negros, tranvestis, mulheres com a cara surrada pela proeocupação, rasgadas pelas rugas de ano de exploração e má remuneração, estavam ausente. Elas sim poderiam bater panela, mas boa parte agora tem emprego e conseguem manter sua dignidade, mais ainda ressentem a da mão do Estado no bom atendimento e educação, com igualdade de oportunidade.
A nova clásse média dá o grito, e com toda razão. Chegou o momento histórico de se discutir o financiamento do Estado e aí está missão Congresso, onde a mesma elite é maioria, e duvido que queiram mudar mesmo as regras da democracia ou pesada carga tributária, pois há 15 anos, esta matéria tramita na Câmara dos Deputados e no Senado.
Mais uma vez, o protesto tem o lado bom,a oportunidade, da Presidenta Dilma jogar a responsabilidade de colocar o bode na sala do Congresso,vistos que as principais reformas necessárias para mudar a face justa do País e combater a corrupção, estão engavetadas após as jornadas de julho.
Além disso, cabe a equipe de Governo outro desafio, construir novos parâmetros para a construção da Governabilidade, calcada em uma agenda política, pois a feita com o PMDB já esgotou, pois a legenda flerta de dia com o Governo e por baixo articula o golpe branco, na tentativa de colocar Michel Temer no comando da Nação, em conluio com a Maçonaria.
Para sobreviver, além das ditas reformas, o Governo petista tem que restabelecer uma nova base de apoio e alianças, pois até o momento as medidas adotadas sacrificam os trabalhadores e poupam os especuladores e os grandes grupos econômicos, por meio de renúncias fiscais bilionárias e empréstimos a juros baixos e a longuíssimo prazo.
Agora chegou de fazer a lição de casa, restabelecer os compromissos com sem-teto, sem-terra, demarcar as terras indígenas, investir maciçamente na educação, por fim ao fator moderador, reduzir os juros, aumentar o valor do salário mínimo, inverter a lógica perversa de cobrança de imposto, alem de usar os aparatos de fiscalização do  Estado para prender quem sonega e desvia dinheiro do Estado, sem o jeitinho brasileiro.

O compromisso do Governo Dilma, a partir de agora, tem que ser com quem a elegeu. Os outros, são outros e só.