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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Guarani-Kaiowa acampados temem mais ataques violentos no feriado de carnaval

Sob o silêncio de parte da mídia nacional e regional, a omissão dos poderes constituídos, responsáveis pela mediação dos conflitos, as famílias Guarini-Kaiowa aguardam pela demarcação de suas terras. Desde o início do ano, tem crescido a ofensiva aos acampamentos localizados na região de Caarapó, Juti e Amambai.  As famílias de Te´’ýijusu em Caarapó são bombardeadas por emissão de inseticidas aplicados nas monoculturas de soja e cana. Em Kurusu Ambá, A em Amambai, a repressão acontece por meio de taques à tiros e queima de  barracos de lona.
dos poderes constituídos, mais uma vez acontece uma sucessão de ataques violentos dos ruralistas aos acampamentos de retomada dos Kaiowa e dos Guarani no Mato Grosso do Sul, local em que

Por e-mail a correspondente popular, Joana Ortiz escreve  pede o apoio e a ampla divulgação dos fatos, devido o aumento da tensão provocada pela ação dos ruralistas. Segunda ela, os ruralistas e suas capangas insistem em destruir os vestígios do último ataque no dia 31 de janeiro deste ano, quando incendiaram os barracos, destruíram os pequenos roçados e utensílios domésticos.  No dia 02 de fevereiro deste ano, os servidores da Coordenação Regional da FUNAI em Ponta Porã e Coordenação Técnica Local de Amambaí estiveram no acampamento e verificaram que os ruralistas utilizaram máquinas agrícolas para revirar o solo, no intuito de atrapalhar algum possível trabalho de investigação pericial.

Joana ortiz explica no email que os servidores estivem sem escolta policial, mesmo tendo requisitado, visto que os ruralistas e os seus seguranças particulares estavam armados. A avaliação é de que os ruralistas empregam estes meios para expulsar os índios do interior da fazenda Barra Bonita e deixá-los expostos as margens da estrada fronteiriça. No dia 03 de fevereiro, os relatos dos servidores da FUNAI presenciaram  a ação de queima e destruição dos vestígios feitas pelos ruralistas, de forma impune. Até na manhã seguinte não havia chegado nenhuma força de segurança pública para registrar a ocorrência.

Em conversa com as lideranças do Aty Guasu, na região de Dourados, Juti e Amambai, o temor das pessoas é que durante o período do carnaval, no feriado, os ataques se intensifiquem. Grandes partes dos servidores que atuam nos serviços de justiça e segurança pública não estão em plantão. Desta forma, os Guarani-Kaiowa temem neste período ocorra mais ações violentas, como em outras situações. 

Joana Ortiz afirma que em conversa com uma liderança  da retomada de Lechucha, município de Juti,  foi relatado que o arrendatário da fazenda procurou seu irmão para comunicar que ele estaria retirando os funcionários da fazenda. pois os proprietários da região estiveram reunidos e planejando ação de intimidação contra as famílias. A ação seria uma retaliação à extinção da CPI do CIMI na Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul.  

Ao entrar em contato com outra liderança de Kurusu Amba, a correspondente foi informada que o delegado da PF de Ponta Porã  enviaria agentes da Polícia Federal para verificar a situação.  Já uma liderança de Kurusu Amba disse que responsabilizaria a PF caso haja mais mortes e violência. O Dep. Pedro Kemp (PT-MS)  integrante da CPI CIMI disse ter comunicadoo delegado da PF e que se reuniria com os procuradores federais e com o Superintendente da PF-MS.

A pressão desumana sob os índios acampados está sendo veiculada pelas assessorias de imprensa do CIMI e de outros meios de comunicação, mas o apelo das lideranças do Aty Guasu é mas a intenção de Joana é de sensibilizar os parceiros, pois  a possibilidade de novos e intensos ataques é grande com a chegada de um feriado prolongado.  

Os indígenas pedem a presença da PF e da Força Nacional de Segurança porque não confiam na atuação das forças de segurança regionais. Deste modo, peço desculpas pelos erros gramaticais e ortográficos, mas circulem as notícias para que possamos pressionar o Ministério da Justiça para a agir.  

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